quinta-feira, outubro 31, 2002
TODAY YOUR LOVE, TOMORROW THE WORLD
30.10.2002. Em Campos: choveu, terra tremeu e lagartos-que-voam ficaram agitados, raciocinando como goitacás. essa é uma idéia inicial do que foi o I CONGRESSO TÍMPANO, realizado ontem na uenf. com apenas uma ausência - thiago kherzer transubstanciou-se -, os timpaneiros evidenciaram seus pontos de vista sobre a pergunta que nao queria calar: o que é TÍMPANO ? chegamos a um ponto em comum sobre nosso trabalho de diversão levada à sério, o que muito vai nos ajudar a levar a cabo nossas pretensões - sim, somos pretensiosos ? não deu para perceber isso ?
agora estamos encarando mais um passo.
queremos convidar todos os leitores da revista e do blog a enviar suas considerações e impressões sobre o que é TÍMPANO - nao as ferramentas midiáticas que utilizamos, mas sim nossas proposições e objetivos -, tanto por mail quanto pelos comments. A participação de vocês, que fazem deste espaço um reforço à mídia tática e a contrainformação, é mais do que essencial para que possamos dar passos sempre certeiros e convictos. assim, queremos criar em conjunto um MANIFESTO TÍMPANO. o mais rápido possível.
como diz millhouse: TÍMPANO ouve, reverbera e fala. vamos reverberar subversão.
30.10.2002. Em Campos: choveu, terra tremeu e lagartos-que-voam ficaram agitados, raciocinando como goitacás. essa é uma idéia inicial do que foi o I CONGRESSO TÍMPANO, realizado ontem na uenf. com apenas uma ausência - thiago kherzer transubstanciou-se -, os timpaneiros evidenciaram seus pontos de vista sobre a pergunta que nao queria calar: o que é TÍMPANO ? chegamos a um ponto em comum sobre nosso trabalho de diversão levada à sério, o que muito vai nos ajudar a levar a cabo nossas pretensões - sim, somos pretensiosos ? não deu para perceber isso ?
agora estamos encarando mais um passo.
queremos convidar todos os leitores da revista e do blog a enviar suas considerações e impressões sobre o que é TÍMPANO - nao as ferramentas midiáticas que utilizamos, mas sim nossas proposições e objetivos -, tanto por mail quanto pelos comments. A participação de vocês, que fazem deste espaço um reforço à mídia tática e a contrainformação, é mais do que essencial para que possamos dar passos sempre certeiros e convictos. assim, queremos criar em conjunto um MANIFESTO TÍMPANO. o mais rápido possível.
como diz millhouse: TÍMPANO ouve, reverbera e fala. vamos reverberar subversão.
quarta-feira, outubro 30, 2002
A Voz do Fogo
A Editora Conrad lança a primeira incursão "literária" (fora dos quadrinhos) do gênio Alan Moore , "A Voz do Fogo", que consiste em várias crônicas interligadas, tendo como cenário Northampton, cidade natal do escritor, compreendendo um período de 1.500 A.C. até 1995. Leitura obrigatória. Pena que seja tão caro...
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COMO, POR QUÊ E QUANDO DESTRUIR O ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
A entrevista a seguir, foi feita por um repórter da Rede Al-Jazeera com
o terceiro homem em comando da organização Al Qaeda, o sr. Mohammed
Al-Asuquf. Al-Asuquf tem uma qualificação impressionante, doutor em física e
mestrado em economia internacional. Na entrevista, ele fala dos planos da Al
Qaeda com total desprendimento, conhecimento de causa e transmite uma
segurança inabalável. Esta entrevista foi enviada a Abel-Bari Atwan, editor-chefe
do Al Quds, um jornal de língua árabe publicado em Londres, mas não chegou
a ser publicada, pois seu conteúdo é muito revelador. Uma cópia da
entrevista veio parar em Foz-do-Iguaçú e foi traduzida para o português por um
professor universitário da comunidade árabe daquela cidade. Esta é
provavelmente a única versão, que não em árabe, desta entrevista.
Al-Jazeera - Qual o objetivo da rede Al Qaeda?
Al-Asuquf - Destruir o Grande Satã, isto é, os Estados Unidos e Israel.
Al-Jazeera - Por quê?
Al-Asuquf - Os USA vêm ao longo de 60 anos impregnando o mundo com a
sua arrogância, ganância e maleficência. É a encarnação de tudo que é mal.
As pessoas que vivem nesse planeta não merecem este martírio.
Al-Jazeera - Esta visão não é um tanto unilateral?
Al-Asuquf - Não, é só você observar os últimos acontecimentos.. O
desrespeito ao tratado de Kyoto, o caso do Tribunal Penal Internacional Permanente,
a inatividade em relação aos nossos irmãos palestinos, a ganância
financeira com especulações absurdas sobre os países do Terceiro Mundo, o descaso
completo com outros povos oprimidos e outras infinidades de situações
que todos os chefes-de-estado ao redor do mundo conhecem. E para coroar a
situação: a doutrina Bush de "atirar primeiro e perguntar depois". Isso
é um abuso inaceitável e portanto terá conseqüências muito graves.
Al-Jazeera - Mas o desenvolvimento e a influência americana não é fruto
de uma competência?
Al-Asuquf - Competência em extorquir, competência em subjugar,
competência em mentir. Após a Segunda Guerra Mundial, o USA era o único país
industrializado com o seu parque de fábricas intacto. Emprestando
dinheiro, como um bom agiota, acabou por se tornar um país muito rico e poderoso,
porém, sua ganância não foi reduzida. Hoje os americanos vivem
como nababos, desperdiçam como nenhum outro povo, gastam cerca de 80 bilhões de
dólares, por ano, só em apostas. Perderam a noção de espiritualidade e vivem em
constante pecado. A cada dia que passa os USA demonstram que não sabem
viver com outros povos, por isso, merece ser destruído.
Al-Jazeera - Não seria mais fácil assassinar o presidente George W.
Bush?
Al-Asuquf - Em primeiro lugar não iria adiantar nada, além, talvez, de
transformá-lo em mártir. Quando você tem um inimigo poderoso pela
frente a melhor estratégia é não matá-lo e sim fazer ele perder a liderança por
incompetência e deixá-lo viver para ver isto acontecer.
Al-Jazeera - A rede Al Qaeda tem capacidade bélica de guerrear com o
USA?
Al-Asuquf - Se analisarmos a história, veremos que toda grande guerra
antes de ser iniciada era baseada em conceitos já estabelecidos. Mas
observando bem, estes conceitos e estratégias de nada adiantaram, pois uma outra
forma de guerra estava por ser travada. Um exemplo foi a construção da Linha
Maginot pelos franceses após a Primeira Guerra Mundial e que na
realidade se mostrou completamente inútil diante das forças invasoras. Os
porta-aviões, submarinos nucleares, satélites espiões de nada adiantarão na próxima
guerra.
Al-Jazeera - Autoridades americanas mantém mais de 1000 pessoas
suspeitas de terrorismo após 11 de setembro, isto não compromete os planos da Al
Qaeda?
Al-Asuquf - Destas pessoas prezas talvez 20 ou 30 pertençam a Al Qaeda.
Porém, são do segundo escalão. Nós possuímos mais de 500 integrantes do primeiro escalão e 800 do
segundo escalão dentro dos USA.
Al-Jazeera - O que significa primeiro ou segundo escalão?
Al-Asuquf - Primeiro escalão são integrantes da Al Qaeda que se
encontram no USA há mais de dez anos,
muitos deles casados e com filhos. Conhecem por alto os planos e estão
apenas aguardando um telefonema. Também são conhecidos por
"adormecidos".
Os de segundo escalão chegaram nos últimos 5 anos e não possuem a mínima
idéia dos planos.
Al-Jazeera - Mesmo os casados, com filhos, estariam dispostos a morrer
com suas famílias?
Al-Asuquf - Sim. Todos estão dispostos a morrer. Vide 11 de setembro.
Al-Jazeera - Nos planos gerais da Al Qaeda o que foi 11 de setembro?
Al-Asuquf - Numa escala geral, foi apenas o início. Foi apenas uma
maneira de chamar a atenção do mundo para o que ainda virá.
Al-Jazeera - Quantos membros a Al Qaeda possui?
Al-Asuquf - Dê primeiro escalão, perto de 5 mil, de segundo escalão,
perto de 20 mil ao redor do mundo.
Al-Jazeera - Na prisão de Guantanamo têm algum integrante do primeiro
escalão?
Al-Asuquf - Não, inclusive muitos nem são da rede Al Qaeda.
Al-Jazeera - Como a Al Qaeda pretende destruir a nação mais poderosa de
toda a história.
Al-Asuquf - É uma questão de logística. Usando o seu próprio veneno,
isto é, atacando o coração do que eles consideram a coisa mais importante neste
mundo: o dinheiro.
Al-Jazeera - Como assim?
Al-Asuquf - A economia americana, é uma economia de falsas aparências.
Não existe lastro econômico real para a economia americana. O PIB americano
é algo entorno de 10 trilhões de dólares, sendo que apenas 1% vem da
agropecuária, apenas 24% vem da indústria. Portanto 75% do PIB
americano vem de serviços e grande parte disto são especulações financeiras. Para
quem entende de economia, e ao que parece o secretário do Tesouro americano,
Paul O'Neil não entende ou não enxerga, basta ver que o USA como um todo, se
comporta como uma imensa companhia "ponto-com" e os dólares
propriamente dito são suas ações.
Al-Jazeera - O senhor pode explicar mais?
Al-Asuquf - O valor das ações de uma companhia é diretamente
proporcional à rentabilidade desta empresa. Quando a empresa é apenas prestadora de
serviço e não produz bens, o valor de suas ações depende de sua credibilidade.
O que quero dizer é que se a credibilidade dos USA for abalada, suas ações (o
dólar), irão cair numa velocidade impressionante e toda a economia
americana entrará em colapso.
Al-Jazeera - Como o senhor tem certeza disto?
Al-Asuquf - Em escala menor, é exatamente o que os grandes grupos
financeiros fazem com países do Terceiro Mundo para conseguir
rentabilidades em um mês o que nenhum banco suíço poderia dar em 4 ou 5
anos.
Al-Jazeera - Como, portanto, a Al Qaeda conseguiria abalar a economia
americana a esse ponto?
Al-Asuquf - Provocando um déficit de 50 a 70 trilhões de dólares, o
equivalente ao PIB de 5 a 7 anos dos USA.
Al-Jazeera - Como isto seria feito?
Al-Asuquf - Com a destruição das 7 maiores cidades americanas e mais
algumas medidas.
Al-Jazeera - Isto seria feito através de que método?
Al-Asuquf - Usando bombas atômicas.
Al-Jazeera - Com toda a segurança nos USA como, hipoteticamente, estas
bombas seriam lançadas em solo americano?
Al-Asuquf - Elas não serão lançadas, elas já estão lá.
Al-Jazeera - O quê o senhor está dizendo?
Al-Asuquf - Já existe 7 ogivas nucleares em solo americano que foram
colocadas antes do 11 de setembro e estão prontas para serem detonadas.
Al-Jazeera - Como elas entraram nos USA?
Al-Asuquf - Antes do 11 de setembro a segurança americana era um
fiasco, e mesmo depois, se fosse necessário, também conseguiríamos colocar as
bombas nos USA. Elas entraram através dos portos marítimos, como cargas
normais.
Al-Jazeera - Como isto é possível?
Al-Asuquf - Uma ogiva nuclear não é maior que uma geladeira, portanto,
pode ser facilmente camuflada como uma. Em um porto marítimo chegam milhares
de contêineres por dia, por mais eficiente que seja a segurança é
impossível checar, vasculhar e examinar cada contêiner.
Al-Jazeera - De onde vieram estas bombas atômicas?
Al-Asuquf - Foram compradas no mercado negro.
Al-Jazeera - De quem?
Al-Asuquf - Da antiga URSS compramos 5 e do Paquistão mais 2.
Al-Jazeera - Como é possível comprar uma bomba atômica, não existe
segurança?
Al-Asuquf - Antes de 1989 era praticamente impossível, porém após a
queda do muro de Berlim, o exército russo entrou em um processo de autofagia e
alguns generais de alto escalão começaram a perder seus privilégios, portanto,
ficaram altamente susceptíveis as corrupções. O próprio General Lebeb,
já falecido, e o chefe da comissão de inspetores de armas da ONU, Hans
Blix já sabiam disto, apesar do ministro da Defesa russo, Serguey Ivanov negar.
Al-Jazeera - Quanto custa uma bomba nuclear?
Al-Asuquf - Algo em torno de 200 milhões de dólares.
Al-Jazeera - Como a AL Qaeda conseguiu este dinheiro?
Al-Asuquf - Temos vários patrocinadores
Al-Jazeera - Quem são eles?
Al-Asuquf - Existem vários países que nos patrocinam e mais algumas
pessoas muito ricas.
Al-Jazeera - São todos países árabes?
Al-Asuquf - Não, existem, inclusive, países da Europa que também têm
interesse na queda dos USA.
Al-Jazeera - Quem são estas pessoas ricas?
Al-Asuquf - Pessoas que também se cansaram de ver os USA sugando o
resto do mundo.
Al-Jazeera - Saddam Hussein é uma delas?
Al-Asuquf - Poderia se dizer que é apenas um dos colaboradores, na
pessoa de Abdul Tawab Mullah Hawaish, seu vice-primeiro-ministro e responsável
pelos programas de armas do Iraque.
Al-Jazeera - Estas bombas atômicas são de que potência?
Al-Asuquf - As 5 ogivas russas são dos antigos mísseis T-3, também
conhecidos como, RD-107 e sua potência é algo em torno de 100 kilotons
cada uma, isto é, 5 vezes a bomba de Hiroxima. As paquistanesas são menos
potentes, algo em torno de 10 kilotons.
Al-Jazeera - As bombas não podem ser detectadas e desarmadas pelas
autoridades americanas?
Al-Asuquf - Não, apesar de antigas elas sofreram modernizações e estão
muito bem escondidas. Mesmo que fossem localizadas, elas possuem dispositivos
de autodeonação se alguma coisa se aproximar. Mesmo pulsos
eletromagnéticos não são capazes de desativá-las.
Al-Jazeera - Elas não emitem radiação? Não podem ser detectadas?
Al-Asuquf - Não. Elas estão envoltas em grossas paredes de chumbo.
Al-Jazeera - Um navio paquistanês, suspeito, há pouco tempo foi
vistoriado e só encontraram barras de chumbo. Isto tem alguma coisa a ver com as
bombas?
Al-Asuquf - Sim, porém aquele chumbo seria apenas uma cobertura extra,
não necessariamente fundamental.
Al-Jazeera - Como estas bombas seriam detonadas?
Al-Asuquf - Existem vários métodos, ligação por celular, rádio
freqüência, abalos sísmicos ou pelo seu relógio regressivo.
Al-Jazeera - Uma vez detonadas, estas bombas causariam a morte de
quantas pessoas?
Al-Asuquf - Depende, pois o plano é muito maleável
Al-Jazeera - Qual é, portanto, todo o plano?
Al-Asuquf - A princípio seria detonada uma ogiva, o quê iria provocar a
morte 800 mil a 1 milhão de pessoas e provocaria um caos de proporções
nunca antes vistas. Durante este caos, mais 2 ou 3 aviões agrícolas que se
encontram desmontados em celeiros perto de estradas sem movimento do
interior dos USA levantariam vôo para pulverizar mais 2 ou 3 grandes
cidades americanas com varíola, em missões suicidas. Isto significa que uma vez
identificada a varíola, todos os portos aéreos e marítimos seriam
fechados para quarentena. As fronteiras terrestres também se fechariam. Nenhum
avião, barco ou veículo terrestre sairia ou entraria nos USA. Isto seria o
caos total. O secretário de imprensa da Casa branca, Ari Fleischer terá
muito trabalho para fazer.
Al-Jazeera - Mas o governo americano garantiu que em 5 dias poderia
produzir vacina contra a varíola para toda a população.
Al-Asuquf - Ataques suicidas paralelos serão feitos contra as fábricas
das vacinas.
Al-Jazeera - Qual seria a primeira cidade?
Al-Asuquf - A primeira cidade será a que melhores condições apresentar,
por exemplo, céu claro, ventos de 8 ou mais milhas/hora em direção ao
centro do país, para que a poeira radioativa possa contaminar a maior área
possível.
Al-Jazeera - Esse ataque aniquilaria a USA?
Al-Asuquf - Não. Mas o processo estaria iniciado. Quem iria comprar
algum alimento dos USA sabendo que poderia estar contaminado por radiação?
Que iria viajar para os USA sabendo da possibilidade de contrair varíola?
Quem continuaria a investir dinheiro em instituições americanas? Como no
World Trade Center, seria apenas uma questão de tempo para toda a estrutura
econômica ruir e virar pó. Se os objetivos forem alcançados com uma
bomba e a varíola, provavelmente iremos poupar a vidas de outras pessoas, porém
é arriscado e provavelmente mais 6 bombas atômicas serão detonadas, uma
por semana, e mais ataques com armas químicas serão efetuados.
Al-Jazeera - Quantas pessoas inocentes morrerão?
Al-Asuquf - Segundo estimativas feitas por mim e Ayman Al-Zawahiri algo
em torno de 15 milhões, devido às bombas atômicas e sua radiação.. Das
contaminadas por varíola, 25% morrerão, algo em torno de mais 5 milhões
e muito outras devido ao caos e a desordem instalada.
Al-Jazeera - Mas a resposta militar americana?
Al-Asuquf - Praticamente não haverá. Mesmo que 5 ou dez cidades sejam
escolhidas de maneira aleatória para serem destruídas, ainda será um
preço pequeno para pagar. O problema é que o desespero econômico será tão
grande que até poupar de gastar armas desnecessariamente ocorrerá, pois a
liquidez de bens americanos ficará quase a zero e nesta altura os USA ganharão
mais vendendo um porta-aviões da classe Nimitz que custa perto de 5 bilhões
de dólares para a Turquia ou Itália por 1 bilhão de dólares, pois
precisarão se recapitalizar de maneira urgente, porém será tarde de mais. Além do
mais, qual será a moral de um soldado americano de lutar sabendo que toda a
sua família morreu e seu país deixou de existir. Lutar pelo quê?
Al-Jazeera - A economia mundial, também, não ruirá?
Al-Asuquf - No início será muito difícil, uma grave crise econômica se
instalará. Porém sem os USA o mundo logo se erguerá de maneira mais
justa e fraterna.
Al-Jazeera - E Israel?
Al-Asuquf - Como vocês dizem... será a sobremesa.
Al-Jazeera - O porta-voz de bin Laden, Sulaiman Abu Gheith, sabe que o
senhor deu esta entrevista?
Al-Asuquf - Foi ele e bin Laden que me sugeriram que desse a
entrevista..
Al-Jazeera - Hosama bin Laden está vivo?
Al-Asuquf - Vivo e com muita saúde, ao lado de seus comandantes,
Mohammed Atef e Khalid Shaik Mohammed e o Mulá Omar.
Al-Jazeera - E o senhor não receia que venham a descobrir os planos da
Al Qaeda?
Al-Asuquf - O plano já está em sua contagem regressiva, nada mais
poderá pará-lo.
Al-Jazeera - Nem mesmo um pedido de desculpas e novas atitudes por
parte dos USA?
Al-Asuquf - Isso não aconteceria e mesmo assim é tarde demais.
Al-Jazeera - Quando será iniciado o ataque?
Al-Asuquf - Não posso revelar. Allah Akbar (Deus é Grande)
COMO, POR QUÊ E QUANDO DESTRUIR O ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
A entrevista a seguir, foi feita por um repórter da Rede Al-Jazeera com
o terceiro homem em comando da organização Al Qaeda, o sr. Mohammed
Al-Asuquf. Al-Asuquf tem uma qualificação impressionante, doutor em física e
mestrado em economia internacional. Na entrevista, ele fala dos planos da Al
Qaeda com total desprendimento, conhecimento de causa e transmite uma
segurança inabalável. Esta entrevista foi enviada a Abel-Bari Atwan, editor-chefe
do Al Quds, um jornal de língua árabe publicado em Londres, mas não chegou
a ser publicada, pois seu conteúdo é muito revelador. Uma cópia da
entrevista veio parar em Foz-do-Iguaçú e foi traduzida para o português por um
professor universitário da comunidade árabe daquela cidade. Esta é
provavelmente a única versão, que não em árabe, desta entrevista.
Al-Jazeera - Qual o objetivo da rede Al Qaeda?
Al-Asuquf - Destruir o Grande Satã, isto é, os Estados Unidos e Israel.
Al-Jazeera - Por quê?
Al-Asuquf - Os USA vêm ao longo de 60 anos impregnando o mundo com a
sua arrogância, ganância e maleficência. É a encarnação de tudo que é mal.
As pessoas que vivem nesse planeta não merecem este martírio.
Al-Jazeera - Esta visão não é um tanto unilateral?
Al-Asuquf - Não, é só você observar os últimos acontecimentos.. O
desrespeito ao tratado de Kyoto, o caso do Tribunal Penal Internacional Permanente,
a inatividade em relação aos nossos irmãos palestinos, a ganância
financeira com especulações absurdas sobre os países do Terceiro Mundo, o descaso
completo com outros povos oprimidos e outras infinidades de situações
que todos os chefes-de-estado ao redor do mundo conhecem. E para coroar a
situação: a doutrina Bush de "atirar primeiro e perguntar depois". Isso
é um abuso inaceitável e portanto terá conseqüências muito graves.
Al-Jazeera - Mas o desenvolvimento e a influência americana não é fruto
de uma competência?
Al-Asuquf - Competência em extorquir, competência em subjugar,
competência em mentir. Após a Segunda Guerra Mundial, o USA era o único país
industrializado com o seu parque de fábricas intacto. Emprestando
dinheiro, como um bom agiota, acabou por se tornar um país muito rico e poderoso,
porém, sua ganância não foi reduzida. Hoje os americanos vivem
como nababos, desperdiçam como nenhum outro povo, gastam cerca de 80 bilhões de
dólares, por ano, só em apostas. Perderam a noção de espiritualidade e vivem em
constante pecado. A cada dia que passa os USA demonstram que não sabem
viver com outros povos, por isso, merece ser destruído.
Al-Jazeera - Não seria mais fácil assassinar o presidente George W.
Bush?
Al-Asuquf - Em primeiro lugar não iria adiantar nada, além, talvez, de
transformá-lo em mártir. Quando você tem um inimigo poderoso pela
frente a melhor estratégia é não matá-lo e sim fazer ele perder a liderança por
incompetência e deixá-lo viver para ver isto acontecer.
Al-Jazeera - A rede Al Qaeda tem capacidade bélica de guerrear com o
USA?
Al-Asuquf - Se analisarmos a história, veremos que toda grande guerra
antes de ser iniciada era baseada em conceitos já estabelecidos. Mas
observando bem, estes conceitos e estratégias de nada adiantaram, pois uma outra
forma de guerra estava por ser travada. Um exemplo foi a construção da Linha
Maginot pelos franceses após a Primeira Guerra Mundial e que na
realidade se mostrou completamente inútil diante das forças invasoras. Os
porta-aviões, submarinos nucleares, satélites espiões de nada adiantarão na próxima
guerra.
Al-Jazeera - Autoridades americanas mantém mais de 1000 pessoas
suspeitas de terrorismo após 11 de setembro, isto não compromete os planos da Al
Qaeda?
Al-Asuquf - Destas pessoas prezas talvez 20 ou 30 pertençam a Al Qaeda.
Porém, são do segundo escalão. Nós possuímos mais de 500 integrantes do primeiro escalão e 800 do
segundo escalão dentro dos USA.
Al-Jazeera - O que significa primeiro ou segundo escalão?
Al-Asuquf - Primeiro escalão são integrantes da Al Qaeda que se
encontram no USA há mais de dez anos,
muitos deles casados e com filhos. Conhecem por alto os planos e estão
apenas aguardando um telefonema. Também são conhecidos por
"adormecidos".
Os de segundo escalão chegaram nos últimos 5 anos e não possuem a mínima
idéia dos planos.
Al-Jazeera - Mesmo os casados, com filhos, estariam dispostos a morrer
com suas famílias?
Al-Asuquf - Sim. Todos estão dispostos a morrer. Vide 11 de setembro.
Al-Jazeera - Nos planos gerais da Al Qaeda o que foi 11 de setembro?
Al-Asuquf - Numa escala geral, foi apenas o início. Foi apenas uma
maneira de chamar a atenção do mundo para o que ainda virá.
Al-Jazeera - Quantos membros a Al Qaeda possui?
Al-Asuquf - Dê primeiro escalão, perto de 5 mil, de segundo escalão,
perto de 20 mil ao redor do mundo.
Al-Jazeera - Na prisão de Guantanamo têm algum integrante do primeiro
escalão?
Al-Asuquf - Não, inclusive muitos nem são da rede Al Qaeda.
Al-Jazeera - Como a Al Qaeda pretende destruir a nação mais poderosa de
toda a história.
Al-Asuquf - É uma questão de logística. Usando o seu próprio veneno,
isto é, atacando o coração do que eles consideram a coisa mais importante neste
mundo: o dinheiro.
Al-Jazeera - Como assim?
Al-Asuquf - A economia americana, é uma economia de falsas aparências.
Não existe lastro econômico real para a economia americana. O PIB americano
é algo entorno de 10 trilhões de dólares, sendo que apenas 1% vem da
agropecuária, apenas 24% vem da indústria. Portanto 75% do PIB
americano vem de serviços e grande parte disto são especulações financeiras. Para
quem entende de economia, e ao que parece o secretário do Tesouro americano,
Paul O'Neil não entende ou não enxerga, basta ver que o USA como um todo, se
comporta como uma imensa companhia "ponto-com" e os dólares
propriamente dito são suas ações.
Al-Jazeera - O senhor pode explicar mais?
Al-Asuquf - O valor das ações de uma companhia é diretamente
proporcional à rentabilidade desta empresa. Quando a empresa é apenas prestadora de
serviço e não produz bens, o valor de suas ações depende de sua credibilidade.
O que quero dizer é que se a credibilidade dos USA for abalada, suas ações (o
dólar), irão cair numa velocidade impressionante e toda a economia
americana entrará em colapso.
Al-Jazeera - Como o senhor tem certeza disto?
Al-Asuquf - Em escala menor, é exatamente o que os grandes grupos
financeiros fazem com países do Terceiro Mundo para conseguir
rentabilidades em um mês o que nenhum banco suíço poderia dar em 4 ou 5
anos.
Al-Jazeera - Como, portanto, a Al Qaeda conseguiria abalar a economia
americana a esse ponto?
Al-Asuquf - Provocando um déficit de 50 a 70 trilhões de dólares, o
equivalente ao PIB de 5 a 7 anos dos USA.
Al-Jazeera - Como isto seria feito?
Al-Asuquf - Com a destruição das 7 maiores cidades americanas e mais
algumas medidas.
Al-Jazeera - Isto seria feito através de que método?
Al-Asuquf - Usando bombas atômicas.
Al-Jazeera - Com toda a segurança nos USA como, hipoteticamente, estas
bombas seriam lançadas em solo americano?
Al-Asuquf - Elas não serão lançadas, elas já estão lá.
Al-Jazeera - O quê o senhor está dizendo?
Al-Asuquf - Já existe 7 ogivas nucleares em solo americano que foram
colocadas antes do 11 de setembro e estão prontas para serem detonadas.
Al-Jazeera - Como elas entraram nos USA?
Al-Asuquf - Antes do 11 de setembro a segurança americana era um
fiasco, e mesmo depois, se fosse necessário, também conseguiríamos colocar as
bombas nos USA. Elas entraram através dos portos marítimos, como cargas
normais.
Al-Jazeera - Como isto é possível?
Al-Asuquf - Uma ogiva nuclear não é maior que uma geladeira, portanto,
pode ser facilmente camuflada como uma. Em um porto marítimo chegam milhares
de contêineres por dia, por mais eficiente que seja a segurança é
impossível checar, vasculhar e examinar cada contêiner.
Al-Jazeera - De onde vieram estas bombas atômicas?
Al-Asuquf - Foram compradas no mercado negro.
Al-Jazeera - De quem?
Al-Asuquf - Da antiga URSS compramos 5 e do Paquistão mais 2.
Al-Jazeera - Como é possível comprar uma bomba atômica, não existe
segurança?
Al-Asuquf - Antes de 1989 era praticamente impossível, porém após a
queda do muro de Berlim, o exército russo entrou em um processo de autofagia e
alguns generais de alto escalão começaram a perder seus privilégios, portanto,
ficaram altamente susceptíveis as corrupções. O próprio General Lebeb,
já falecido, e o chefe da comissão de inspetores de armas da ONU, Hans
Blix já sabiam disto, apesar do ministro da Defesa russo, Serguey Ivanov negar.
Al-Jazeera - Quanto custa uma bomba nuclear?
Al-Asuquf - Algo em torno de 200 milhões de dólares.
Al-Jazeera - Como a AL Qaeda conseguiu este dinheiro?
Al-Asuquf - Temos vários patrocinadores
Al-Jazeera - Quem são eles?
Al-Asuquf - Existem vários países que nos patrocinam e mais algumas
pessoas muito ricas.
Al-Jazeera - São todos países árabes?
Al-Asuquf - Não, existem, inclusive, países da Europa que também têm
interesse na queda dos USA.
Al-Jazeera - Quem são estas pessoas ricas?
Al-Asuquf - Pessoas que também se cansaram de ver os USA sugando o
resto do mundo.
Al-Jazeera - Saddam Hussein é uma delas?
Al-Asuquf - Poderia se dizer que é apenas um dos colaboradores, na
pessoa de Abdul Tawab Mullah Hawaish, seu vice-primeiro-ministro e responsável
pelos programas de armas do Iraque.
Al-Jazeera - Estas bombas atômicas são de que potência?
Al-Asuquf - As 5 ogivas russas são dos antigos mísseis T-3, também
conhecidos como, RD-107 e sua potência é algo em torno de 100 kilotons
cada uma, isto é, 5 vezes a bomba de Hiroxima. As paquistanesas são menos
potentes, algo em torno de 10 kilotons.
Al-Jazeera - As bombas não podem ser detectadas e desarmadas pelas
autoridades americanas?
Al-Asuquf - Não, apesar de antigas elas sofreram modernizações e estão
muito bem escondidas. Mesmo que fossem localizadas, elas possuem dispositivos
de autodeonação se alguma coisa se aproximar. Mesmo pulsos
eletromagnéticos não são capazes de desativá-las.
Al-Jazeera - Elas não emitem radiação? Não podem ser detectadas?
Al-Asuquf - Não. Elas estão envoltas em grossas paredes de chumbo.
Al-Jazeera - Um navio paquistanês, suspeito, há pouco tempo foi
vistoriado e só encontraram barras de chumbo. Isto tem alguma coisa a ver com as
bombas?
Al-Asuquf - Sim, porém aquele chumbo seria apenas uma cobertura extra,
não necessariamente fundamental.
Al-Jazeera - Como estas bombas seriam detonadas?
Al-Asuquf - Existem vários métodos, ligação por celular, rádio
freqüência, abalos sísmicos ou pelo seu relógio regressivo.
Al-Jazeera - Uma vez detonadas, estas bombas causariam a morte de
quantas pessoas?
Al-Asuquf - Depende, pois o plano é muito maleável
Al-Jazeera - Qual é, portanto, todo o plano?
Al-Asuquf - A princípio seria detonada uma ogiva, o quê iria provocar a
morte 800 mil a 1 milhão de pessoas e provocaria um caos de proporções
nunca antes vistas. Durante este caos, mais 2 ou 3 aviões agrícolas que se
encontram desmontados em celeiros perto de estradas sem movimento do
interior dos USA levantariam vôo para pulverizar mais 2 ou 3 grandes
cidades americanas com varíola, em missões suicidas. Isto significa que uma vez
identificada a varíola, todos os portos aéreos e marítimos seriam
fechados para quarentena. As fronteiras terrestres também se fechariam. Nenhum
avião, barco ou veículo terrestre sairia ou entraria nos USA. Isto seria o
caos total. O secretário de imprensa da Casa branca, Ari Fleischer terá
muito trabalho para fazer.
Al-Jazeera - Mas o governo americano garantiu que em 5 dias poderia
produzir vacina contra a varíola para toda a população.
Al-Asuquf - Ataques suicidas paralelos serão feitos contra as fábricas
das vacinas.
Al-Jazeera - Qual seria a primeira cidade?
Al-Asuquf - A primeira cidade será a que melhores condições apresentar,
por exemplo, céu claro, ventos de 8 ou mais milhas/hora em direção ao
centro do país, para que a poeira radioativa possa contaminar a maior área
possível.
Al-Jazeera - Esse ataque aniquilaria a USA?
Al-Asuquf - Não. Mas o processo estaria iniciado. Quem iria comprar
algum alimento dos USA sabendo que poderia estar contaminado por radiação?
Que iria viajar para os USA sabendo da possibilidade de contrair varíola?
Quem continuaria a investir dinheiro em instituições americanas? Como no
World Trade Center, seria apenas uma questão de tempo para toda a estrutura
econômica ruir e virar pó. Se os objetivos forem alcançados com uma
bomba e a varíola, provavelmente iremos poupar a vidas de outras pessoas, porém
é arriscado e provavelmente mais 6 bombas atômicas serão detonadas, uma
por semana, e mais ataques com armas químicas serão efetuados.
Al-Jazeera - Quantas pessoas inocentes morrerão?
Al-Asuquf - Segundo estimativas feitas por mim e Ayman Al-Zawahiri algo
em torno de 15 milhões, devido às bombas atômicas e sua radiação.. Das
contaminadas por varíola, 25% morrerão, algo em torno de mais 5 milhões
e muito outras devido ao caos e a desordem instalada.
Al-Jazeera - Mas a resposta militar americana?
Al-Asuquf - Praticamente não haverá. Mesmo que 5 ou dez cidades sejam
escolhidas de maneira aleatória para serem destruídas, ainda será um
preço pequeno para pagar. O problema é que o desespero econômico será tão
grande que até poupar de gastar armas desnecessariamente ocorrerá, pois a
liquidez de bens americanos ficará quase a zero e nesta altura os USA ganharão
mais vendendo um porta-aviões da classe Nimitz que custa perto de 5 bilhões
de dólares para a Turquia ou Itália por 1 bilhão de dólares, pois
precisarão se recapitalizar de maneira urgente, porém será tarde de mais. Além do
mais, qual será a moral de um soldado americano de lutar sabendo que toda a
sua família morreu e seu país deixou de existir. Lutar pelo quê?
Al-Jazeera - A economia mundial, também, não ruirá?
Al-Asuquf - No início será muito difícil, uma grave crise econômica se
instalará. Porém sem os USA o mundo logo se erguerá de maneira mais
justa e fraterna.
Al-Jazeera - E Israel?
Al-Asuquf - Como vocês dizem... será a sobremesa.
Al-Jazeera - O porta-voz de bin Laden, Sulaiman Abu Gheith, sabe que o
senhor deu esta entrevista?
Al-Asuquf - Foi ele e bin Laden que me sugeriram que desse a
entrevista..
Al-Jazeera - Hosama bin Laden está vivo?
Al-Asuquf - Vivo e com muita saúde, ao lado de seus comandantes,
Mohammed Atef e Khalid Shaik Mohammed e o Mulá Omar.
Al-Jazeera - E o senhor não receia que venham a descobrir os planos da
Al Qaeda?
Al-Asuquf - O plano já está em sua contagem regressiva, nada mais
poderá pará-lo.
Al-Jazeera - Nem mesmo um pedido de desculpas e novas atitudes por
parte dos USA?
Al-Asuquf - Isso não aconteceria e mesmo assim é tarde demais.
Al-Jazeera - Quando será iniciado o ataque?
Al-Asuquf - Não posso revelar. Allah Akbar (Deus é Grande)
Onde anda a humanidade?
Ébano Machel
Ouvi vagamente falar que nesse sábado, um grupo de chechenos radicais separatistas invadiu um teatro Rússia e fizeram 119 reféns. A polícia reagiu jogando um gás no local, matando os radicais e 117 civis.
Ontem, foi divulgada no Jornal da Record( aquele onde Bóris Casói comenta todas as notícias depois de passá-las "objetivamente") o resultado de uma pesquisa feita na Rússia dizendo que cerca de 80% da população tinha aprovado a ação dos policiais.
Não tenho a mínima idéia (aliás isso não chegou a ser divulgado) de como foi feita essa pesquisa, como foram feitas as perguntas e qual foi a população pesquisada no que tange a localização dentro da Rússia ou a que classes ou estratos sociais essas pessoas pertenciam. Mas de qualquer modo, é preocupante que alguém aplauda uma operação onde o próprio Estado mata sua população em função de uma tal defesa da pátria.
Ébano Machel
Ouvi vagamente falar que nesse sábado, um grupo de chechenos radicais separatistas invadiu um teatro Rússia e fizeram 119 reféns. A polícia reagiu jogando um gás no local, matando os radicais e 117 civis.
Ontem, foi divulgada no Jornal da Record( aquele onde Bóris Casói comenta todas as notícias depois de passá-las "objetivamente") o resultado de uma pesquisa feita na Rússia dizendo que cerca de 80% da população tinha aprovado a ação dos policiais.
Não tenho a mínima idéia (aliás isso não chegou a ser divulgado) de como foi feita essa pesquisa, como foram feitas as perguntas e qual foi a população pesquisada no que tange a localização dentro da Rússia ou a que classes ou estratos sociais essas pessoas pertenciam. Mas de qualquer modo, é preocupante que alguém aplauda uma operação onde o próprio Estado mata sua população em função de uma tal defesa da pátria.
OH, HAPPY DAY !
Hoje parece ser um dia histórico. Hoje, precisamente às 17:30, a rapaziada que compõe Tímpano - para quem ainda não sabe: Rodrigo Manhães, Quésia F., Maxoel Costa, Ébano Machel, Alexandro F., Thiago Kerzer e este que vos digita -, estará reunida na Uenf, para tentar responder uma pergunta que nos assombra à medida em que este blog e a revista avançam. A pergunta que não quer calar: o que é Tímpano ? Não estamos falando isoladamente da revista ou do blog, mas sim de coesão, de termos em mente o que é exatamente tudo aquilo que nos une, nos faz juntar forças e todos mais esses elementos de um discurso empolgado. Portanto, senhoras e senhores, se a terra tremer hoje, não se espantem; são apenas as reverberações. Ecos, ruídos e bungee-jumping.
Hoje parece ser um dia histórico. Hoje, precisamente às 17:30, a rapaziada que compõe Tímpano - para quem ainda não sabe: Rodrigo Manhães, Quésia F., Maxoel Costa, Ébano Machel, Alexandro F., Thiago Kerzer e este que vos digita -, estará reunida na Uenf, para tentar responder uma pergunta que nos assombra à medida em que este blog e a revista avançam. A pergunta que não quer calar: o que é Tímpano ? Não estamos falando isoladamente da revista ou do blog, mas sim de coesão, de termos em mente o que é exatamente tudo aquilo que nos une, nos faz juntar forças e todos mais esses elementos de um discurso empolgado. Portanto, senhoras e senhores, se a terra tremer hoje, não se espantem; são apenas as reverberações. Ecos, ruídos e bungee-jumping.
WU MING EM SAMPA !
Para quem conhece - ou quer conhecer - um pouco mais sobre a moçada que estava por trás do conceito inicial de guerrilha midiática do Luther Blisset. Um deles, Roberto Bui Dia, estará em SP. Confira.
Mesa Redonda Wu-Ming/MetaEvento: Grupos/Coletivos/Comunidades na web e a temática Copyleft
O projeto político-cultural Luther Blissett, que se difundiu descentralizado pelo mundo nos anos 90 através de um conglomerado de pessoas anônimas instigando a rebeldia e a resistência contra uma cultura pasteurizada, podem também ser creditados como criadores de um dos primeiros avatares do século 21.
Graças à sua imaterialidade e ao uso imprevisível de diversos meios de expressão - como manifestos, HQs, performances de rua, notícias falsas ridicularizando a mídia italiana, sermões pseudo-religiosos transmitidos pelo rádio, além de diversas ações táticas, os homens por trás de Luther Blissett, sempre incógnitos, convidavam todos a contestar qualquer coisa, a qualquer hora, sob o codinome Luther Blissett.
Seguindo a lógica da guerrilha semiológica eles propuseram uma espécie de epidemia midiática, através da sinergia de ações múltiplas que apareciam em diferentes contextos da geografia global em um personagem único - multiplicando o impacto dessa identidade virtual.
Inaugurado na primavera de 1994 na Bolonha, Itália, o Projeto conseguiu sobreviver até hoje em países como Espanha, França, Inglaterra e Brasil, graças a Internet, instrumento de disseminação de suas idéias e também palco ações, mesmo após a morte simbólica do Projeto (através do ´seppuku´ um ritual suicida) em 2000.
Hoje o coletivo atende pelo nome de Wu-Ming, e se auto define como um laboratório de design literário´ dedicado à narrativa. Wu Ming pretende valorizar a cooperação social tanto na forma de produzir quanto em seu conteúdo, ressaltando o potencial da coletividade. Assim como já acontecia com o Luther Blissett, os produtos assinados Wu Ming são livres de copyright, na mesma lógica de programadores que trabalham com software livre, dando visibilidade e vigor cultural à idéia da livre informação.
Representando o coletivo Wu-Ming/Luther Blisset está Roberto Bui queparticipará de uma mesa-redonda no dia 30 de outubro a partir das 19 horas na Ação Educativa junto a outros representantes de comunidades da Web tais como Coletivo Baderna, Revista Geek, o site Rizoma e o Projeto Metáfora.
Juntos, eles dialogarão sobre temas que variam desde o copyleft, até mídia tática e comunidades web.
TWells (Projeto Metáfora)
Obs: Não será permitido o uso de câmeras fotográficas ou filmadoras.
BADERNA/Wu-Ming/MetaEvento: Grupos/Coletivos/Comunidades na web e a temática Copyleft
Quem estará na mesa: - Ricardo Bui (Wu-Ming/Luther Blisset) - Rizoma.net (Ricardo Rosas - moderador) - Projeto Metáfora (representantes: Tatiana Wells e Adriana Veloso) - Marcelo Barbão (Revista Geek)
Mesa-redonda com Wu-Ming/Roberto Bui Dia: 30/10 Hora: 19h Local: Ação Educativa - Rua General jardim, 660 (próximo ao metrô República ou Sta. Cecília)
Para quem conhece - ou quer conhecer - um pouco mais sobre a moçada que estava por trás do conceito inicial de guerrilha midiática do Luther Blisset. Um deles, Roberto Bui Dia, estará em SP. Confira.
Mesa Redonda Wu-Ming/MetaEvento: Grupos/Coletivos/Comunidades na web e a temática Copyleft
O projeto político-cultural Luther Blissett, que se difundiu descentralizado pelo mundo nos anos 90 através de um conglomerado de pessoas anônimas instigando a rebeldia e a resistência contra uma cultura pasteurizada, podem também ser creditados como criadores de um dos primeiros avatares do século 21.
Graças à sua imaterialidade e ao uso imprevisível de diversos meios de expressão - como manifestos, HQs, performances de rua, notícias falsas ridicularizando a mídia italiana, sermões pseudo-religiosos transmitidos pelo rádio, além de diversas ações táticas, os homens por trás de Luther Blissett, sempre incógnitos, convidavam todos a contestar qualquer coisa, a qualquer hora, sob o codinome Luther Blissett.
Seguindo a lógica da guerrilha semiológica eles propuseram uma espécie de epidemia midiática, através da sinergia de ações múltiplas que apareciam em diferentes contextos da geografia global em um personagem único - multiplicando o impacto dessa identidade virtual.
Inaugurado na primavera de 1994 na Bolonha, Itália, o Projeto conseguiu sobreviver até hoje em países como Espanha, França, Inglaterra e Brasil, graças a Internet, instrumento de disseminação de suas idéias e também palco ações, mesmo após a morte simbólica do Projeto (através do ´seppuku´ um ritual suicida) em 2000.
Hoje o coletivo atende pelo nome de Wu-Ming, e se auto define como um laboratório de design literário´ dedicado à narrativa. Wu Ming pretende valorizar a cooperação social tanto na forma de produzir quanto em seu conteúdo, ressaltando o potencial da coletividade. Assim como já acontecia com o Luther Blissett, os produtos assinados Wu Ming são livres de copyright, na mesma lógica de programadores que trabalham com software livre, dando visibilidade e vigor cultural à idéia da livre informação.
Representando o coletivo Wu-Ming/Luther Blisset está Roberto Bui queparticipará de uma mesa-redonda no dia 30 de outubro a partir das 19 horas na Ação Educativa junto a outros representantes de comunidades da Web tais como Coletivo Baderna, Revista Geek, o site Rizoma e o Projeto Metáfora.
Juntos, eles dialogarão sobre temas que variam desde o copyleft, até mídia tática e comunidades web.
TWells (Projeto Metáfora)
Obs: Não será permitido o uso de câmeras fotográficas ou filmadoras.
BADERNA/Wu-Ming/MetaEvento: Grupos/Coletivos/Comunidades na web e a temática Copyleft
Quem estará na mesa: - Ricardo Bui (Wu-Ming/Luther Blisset) - Rizoma.net (Ricardo Rosas - moderador) - Projeto Metáfora (representantes: Tatiana Wells e Adriana Veloso) - Marcelo Barbão (Revista Geek)
Mesa-redonda com Wu-Ming/Roberto Bui Dia: 30/10 Hora: 19h Local: Ação Educativa - Rua General jardim, 660 (próximo ao metrô República ou Sta. Cecília)
terça-feira, outubro 29, 2002
ALCA ? TÔ FORA !
Vocês estão acompanhando os preparativos dos protestos contra mais uma rodada de negociações da Alca, em Quito ? Em Santos, amanhã já começam as manifestações, que deverão contar com a cobertura do Centro de Mídia Independente, que tem realizado um excelente trabalho de formação-informação. No RJ, acontecerá uma manifestação, também no dia 31. Em Campos, o que iremos fazer ?
Vocês estão acompanhando os preparativos dos protestos contra mais uma rodada de negociações da Alca, em Quito ? Em Santos, amanhã já começam as manifestações, que deverão contar com a cobertura do Centro de Mídia Independente, que tem realizado um excelente trabalho de formação-informação. No RJ, acontecerá uma manifestação, também no dia 31. Em Campos, o que iremos fazer ?
QUE FIM VAI LEVAR ?
Garotinho acusou a administração do prefeito de Campos, Arnaldo Vianna, de corrupção. Tenho uma pergunta para timpaneiros e leitores deste bróguy: qual será o resultado dessas investigações ? Vamos lá, moçada. Vamos exercitar nossas capacidades de lidar com probabilidades.
Garotinho acusou a administração do prefeito de Campos, Arnaldo Vianna, de corrupção. Tenho uma pergunta para timpaneiros e leitores deste bróguy: qual será o resultado dessas investigações ? Vamos lá, moçada. Vamos exercitar nossas capacidades de lidar com probabilidades.
sábado, outubro 26, 2002
F.
Em pleno domigo de processo eleitoral, um ato de pequena subversão. Francisco F. voltará a se manifestar. Dessa vez, a partir das 9 da manhã. Preparem-se.
Em pleno domigo de processo eleitoral, um ato de pequena subversão. Francisco F. voltará a se manifestar. Dessa vez, a partir das 9 da manhã. Preparem-se.
sexta-feira, outubro 25, 2002
O Papagaio
Dia de vento, tempo de pipa.
No improviso, um papagaio. Foi o que fez o menino, sem dinheiro para comprar pipa. Uma prova antiga, fruto de desgosto materno, torna-se motivo de alegria momentânea: Uma folha para o corpo do papagaio, outra para se tornar a rabiola. Linha? Desfia aquele saco que foi pego lá no armazém de Sêo Antônio.
Tudo pronto para o grande momento. O vento, furioso, levanta o papagaio.
Rebelde, o papagaio se mete entre seus primos mais afortunados, as pipas, que colorem o céu de verão. Se mete aqui, se mete ali, desafiador, nem com ele, parece ter vida própria. Intrépido.
Num movimento impensado, é cortado. Seu dono, nem aí. Tem provas, apostilas, aos montes. Matéria prima é o que não falta... Mas ele não vai pra casa ainda. Fica vigiando o papagaio cair. Mas ele não cai.
O vento forte arrasta o papagaio para longe. Muito longe. E ele não cai. Sobe. Sobe. Sobe cada vez mais. Dança, balança ao vento. Olha, já passou da Lapa. Deve tá lá no Centro. Puta qui pariu, tá alto pra caralho! Os garotos ficaram o resto do dia vendo o papagaio ao sabor do vento.
O mundo parou de repente para ver aquele papagaio perdido no azul do horizonte...
Dia de vento, tempo de pipa.
No improviso, um papagaio. Foi o que fez o menino, sem dinheiro para comprar pipa. Uma prova antiga, fruto de desgosto materno, torna-se motivo de alegria momentânea: Uma folha para o corpo do papagaio, outra para se tornar a rabiola. Linha? Desfia aquele saco que foi pego lá no armazém de Sêo Antônio.
Tudo pronto para o grande momento. O vento, furioso, levanta o papagaio.
Rebelde, o papagaio se mete entre seus primos mais afortunados, as pipas, que colorem o céu de verão. Se mete aqui, se mete ali, desafiador, nem com ele, parece ter vida própria. Intrépido.
Num movimento impensado, é cortado. Seu dono, nem aí. Tem provas, apostilas, aos montes. Matéria prima é o que não falta... Mas ele não vai pra casa ainda. Fica vigiando o papagaio cair. Mas ele não cai.
O vento forte arrasta o papagaio para longe. Muito longe. E ele não cai. Sobe. Sobe. Sobe cada vez mais. Dança, balança ao vento. Olha, já passou da Lapa. Deve tá lá no Centro. Puta qui pariu, tá alto pra caralho! Os garotos ficaram o resto do dia vendo o papagaio ao sabor do vento.
O mundo parou de repente para ver aquele papagaio perdido no azul do horizonte...
quinta-feira, outubro 24, 2002
DEFINITIVAMENTE SEM RUMO
Tem mini-conto novo no Vórtex Você. Aliás, toda terça e quinta tem. Mas esse é paranoicamente inspirado em Tom Waits e Joey Ramone.
Tem mini-conto novo no Vórtex Você. Aliás, toda terça e quinta tem. Mas esse é paranoicamente inspirado em Tom Waits e Joey Ramone.
quarta-feira, outubro 23, 2002
MAS QUE CATZO É TÍMPANO ?
“Os jornais se tornarão cada vez mais conformistas, cada vez mais corruptos, cada vez mais dependentes dos sindicatos da droga e da nojenta classe média. Assim como aconteceu durante a guerra, vai se desenvolver um sentimento de dúvida com relação aos meios de comunicação. O resultado será o florescimento de uma imprensa descentralizada, talvez até mesmo ilegal. Haverá cada vez mais panfletos e jornais underground ... No futuro, cada um terá seu pequeno jornal. Porque não podemos esquecer que temos uma revolução ao alcance da mão.”
Palavras de Robert Jasper Grootveld, profeta malaco do Provos, em Amsterdam, martelando o tímpano (ops) do provotariado em 1964 – alguém aqui considera que esta não foi uma visão certeira ? Por aqui, começava a ditadura, que acabou nos trazendo a esta era de incertezas. Na mesma época, Millôr Fernandes lançava o Pif-Paf. Exemplo mínimo de onde é possível apreender o seguinte: escrever por necessidade, relatar por sobrevivência e agir por coerência.
“Os jornais se tornarão cada vez mais conformistas, cada vez mais corruptos, cada vez mais dependentes dos sindicatos da droga e da nojenta classe média. Assim como aconteceu durante a guerra, vai se desenvolver um sentimento de dúvida com relação aos meios de comunicação. O resultado será o florescimento de uma imprensa descentralizada, talvez até mesmo ilegal. Haverá cada vez mais panfletos e jornais underground ... No futuro, cada um terá seu pequeno jornal. Porque não podemos esquecer que temos uma revolução ao alcance da mão.”
Palavras de Robert Jasper Grootveld, profeta malaco do Provos, em Amsterdam, martelando o tímpano (ops) do provotariado em 1964 – alguém aqui considera que esta não foi uma visão certeira ? Por aqui, começava a ditadura, que acabou nos trazendo a esta era de incertezas. Na mesma época, Millôr Fernandes lançava o Pif-Paf. Exemplo mínimo de onde é possível apreender o seguinte: escrever por necessidade, relatar por sobrevivência e agir por coerência.
LISTEN !
I Don't Wanna Grow Up
(Tom Waits/Kathlenn Brennan)
When I'm lyin' in my bed at night
I don't wanna grow up
Nothin' ever seems to turn out right
I don't wanna grow up
How do you move in a world of fog
That's always changing things
Makes me wish that I could be a dog
When I see the price that you pay
I don't wanna grow up
I don't ever wanna be that way
I don't wanna grow up
Seems like folks turn into things
That they'd never want
The only thing to live for
Is today...
I'm gonna put a hole in my TV set
I don't wanna grow up
Open up the medicine chest
And I don't wanna grow up
I don't wanna have to shout it out
I don't want my hair to fall out
I don't wanna be filled with doubt
I don't wanna be a good boy scout
I don't wanna have to learn to count
I don't wanna have the biggest amount
I don't wanna grow up
Well when I see my parents fight
I don't wanna grow up
They all go out and drinking all night
And I don't wanna grow up
I'd rather stay here in my room
Nothin' out there but sad and gloom
I don't wanna live in a big old Tomb
On Grand Street
When I see the 5 o'clock news
I don't wanna grow up
Comb their hair and shine their shoes
I don't wanna grow up
Stay around in my old hometown
I don't wanna put no money down
I don't wanna get me a big old loan
Work them fingers to the bone
I don't wanna float a broom
Fall in love and get married then boom
How the hell did I get here so soon
I don't wanna grow up
I Don't Wanna Grow Up
(Tom Waits/Kathlenn Brennan)
When I'm lyin' in my bed at night
I don't wanna grow up
Nothin' ever seems to turn out right
I don't wanna grow up
How do you move in a world of fog
That's always changing things
Makes me wish that I could be a dog
When I see the price that you pay
I don't wanna grow up
I don't ever wanna be that way
I don't wanna grow up
Seems like folks turn into things
That they'd never want
The only thing to live for
Is today...
I'm gonna put a hole in my TV set
I don't wanna grow up
Open up the medicine chest
And I don't wanna grow up
I don't wanna have to shout it out
I don't want my hair to fall out
I don't wanna be filled with doubt
I don't wanna be a good boy scout
I don't wanna have to learn to count
I don't wanna have the biggest amount
I don't wanna grow up
Well when I see my parents fight
I don't wanna grow up
They all go out and drinking all night
And I don't wanna grow up
I'd rather stay here in my room
Nothin' out there but sad and gloom
I don't wanna live in a big old Tomb
On Grand Street
When I see the 5 o'clock news
I don't wanna grow up
Comb their hair and shine their shoes
I don't wanna grow up
Stay around in my old hometown
I don't wanna put no money down
I don't wanna get me a big old loan
Work them fingers to the bone
I don't wanna float a broom
Fall in love and get married then boom
How the hell did I get here so soon
I don't wanna grow up
SUBVERSÃO NA ARTE
Aptroveitando esse esquema de cinema nacional, abordado em comments, quero pegar carona para falar sobre arte. Não exatamente sobre cinema, tampouco cinema nacional. Quero só lembrar que, quando um processo artístico é enquadrado como "fora-da-lei", é preciso que se arranque da "legalidade" a arte. Confira aqui.
Aptroveitando esse esquema de cinema nacional, abordado em comments, quero pegar carona para falar sobre arte. Não exatamente sobre cinema, tampouco cinema nacional. Quero só lembrar que, quando um processo artístico é enquadrado como "fora-da-lei", é preciso que se arranque da "legalidade" a arte. Confira aqui.
terça-feira, outubro 22, 2002
Democratização
Tá, apesar das acusações de elitismo, gueto fechado e similares, este é um espaço democrático, onde todos podem participar, comentar. Nós damos nossas caras para o público bater. Nós somos chamados até mesmo de "Caverna do Dragão", o que, considerando que quase todo mundo aqui cresceu assistindo isso, pode ser encarado como um elogio. Só não entendo porque (junto? Separado? Nunca aprendi isso...) várias pessoas que opinam o fazem com um pseudônimo. Nem e-mail deixam. O que é isso? Medo de que a gente se reúna e pegue os críticos na saída? Acho que esse tempo já acabou. Por isso, tratem de tirar as máscaras. Se não quiserem, bem, podem continuar assim. Tudo o que vocês quiserem...
Tá, apesar das acusações de elitismo, gueto fechado e similares, este é um espaço democrático, onde todos podem participar, comentar. Nós damos nossas caras para o público bater. Nós somos chamados até mesmo de "Caverna do Dragão", o que, considerando que quase todo mundo aqui cresceu assistindo isso, pode ser encarado como um elogio. Só não entendo porque (junto? Separado? Nunca aprendi isso...) várias pessoas que opinam o fazem com um pseudônimo. Nem e-mail deixam. O que é isso? Medo de que a gente se reúna e pegue os críticos na saída? Acho que esse tempo já acabou. Por isso, tratem de tirar as máscaras. Se não quiserem, bem, podem continuar assim. Tudo o que vocês quiserem...
segunda-feira, outubro 21, 2002
5ª Mostra de Cinema Brasileiro
De 21 a 25 de Outubro, sempre às 19 horas, no Auditório da FaFiC, o 4º Período do curso de Comunicação Social estará realizando a 5ª Mostra de Cinema Brasileiro.
O evento terá início, hoje, abordando o tema "Violência Urbana" com o filme "Como Nascem os Anjos" (de Murilo Salles). Na terça-feira, o tema será "Política / Ética" com o filme "Terra Estrangeira" (de Walter Salles e Daniela Thomas). Na quarta-feira, segue com o tema "Desemprego" com o filme "Minha Vida Em Suas Mãos" (de Maria Zilda). Na quinta-feira, o tema da vez é "Drogas" e o filme mostrado será "Bicho de Sete Cabeças" ( de Alberto Graça). Encerrando o evento, na sexta-feira, com o tema "Miséria / Fome", serão apresentados dois documentários de curta duração: "Ilha das Flores" e "A Comunidade da Aldeia" (de Luiz Carlos dos Santos Pires).
Falando em fome, está aí um ótimo jantar a luz de câmeras, com debates sobre "problemas brasileiros" de sobremesa.
De 21 a 25 de Outubro, sempre às 19 horas, no Auditório da FaFiC, o 4º Período do curso de Comunicação Social estará realizando a 5ª Mostra de Cinema Brasileiro.
O evento terá início, hoje, abordando o tema "Violência Urbana" com o filme "Como Nascem os Anjos" (de Murilo Salles). Na terça-feira, o tema será "Política / Ética" com o filme "Terra Estrangeira" (de Walter Salles e Daniela Thomas). Na quarta-feira, segue com o tema "Desemprego" com o filme "Minha Vida Em Suas Mãos" (de Maria Zilda). Na quinta-feira, o tema da vez é "Drogas" e o filme mostrado será "Bicho de Sete Cabeças" ( de Alberto Graça). Encerrando o evento, na sexta-feira, com o tema "Miséria / Fome", serão apresentados dois documentários de curta duração: "Ilha das Flores" e "A Comunidade da Aldeia" (de Luiz Carlos dos Santos Pires).
Falando em fome, está aí um ótimo jantar a luz de câmeras, com debates sobre "problemas brasileiros" de sobremesa.
DESCOBERTOS
Não é que procede a história que compara os timpaneiros com os personagens de Caverna do Dragão ? Vejam essas imagens e comparem as semelhanças: Rodrigo Manhães, Quésia Francisco, Thiago Kerzer, Jorge Rocha, Max Costa e Alexandro F.
Só resta uma dúvida: Ébano, você é Uni ou Diana ?
Não é que procede a história que compara os timpaneiros com os personagens de Caverna do Dragão ? Vejam essas imagens e comparem as semelhanças: Rodrigo Manhães, Quésia Francisco, Thiago Kerzer, Jorge Rocha, Max Costa e Alexandro F.
Só resta uma dúvida: Ébano, você é Uni ou Diana ?
sexta-feira, outubro 18, 2002
Reverberando uma discussão sobre "o que é Tímpano"
O torrencial fluxo mediático e o acesso direto à diversidade das produções culturais da humanidade concorrem para o mesmo efeito; a obra deve assumir a criação ex nihilo de um estilo e de uma tradição que o artista encarna sozinho. Diante do grande quadro de todas as formas possíveis, a nova tarefa do criador é a de descobrir nele um espaço vazio onde possa deixar a sua marca. Para usar uma metáfora, diremos que antes do advento da máquina universal, o artista tinha que escrever um novo texto, enquanto, após a máquina universal, ei-lo obrigado a inventar uma nova linguagem
Pierre Lévy, o tio francês sempre acusado de utópico, falando sobre "uma potência de todos os possíveis", no livro "A máquina universo - criação, cognição e cultura informática". Tenho a firme crença que, neste ponto do texto, há algumas chaves sobre o que nós somos.
O torrencial fluxo mediático e o acesso direto à diversidade das produções culturais da humanidade concorrem para o mesmo efeito; a obra deve assumir a criação ex nihilo de um estilo e de uma tradição que o artista encarna sozinho. Diante do grande quadro de todas as formas possíveis, a nova tarefa do criador é a de descobrir nele um espaço vazio onde possa deixar a sua marca. Para usar uma metáfora, diremos que antes do advento da máquina universal, o artista tinha que escrever um novo texto, enquanto, após a máquina universal, ei-lo obrigado a inventar uma nova linguagem
Pierre Lévy, o tio francês sempre acusado de utópico, falando sobre "uma potência de todos os possíveis", no livro "A máquina universo - criação, cognição e cultura informática". Tenho a firme crença que, neste ponto do texto, há algumas chaves sobre o que nós somos.
quinta-feira, outubro 17, 2002
A imprensa está caindo em cima...
Ontem, o jornal da globo mostrou - durante todo o primeiro bloco - reportagens a respeito da quebradeira (que não é nenhuma novidade) que ocorre no Rio de Janeiro. Estão investindo também em campanhas contra as drogas, reafirmando que estas financiam o tráfico. (Seja lá qual for o motivo que está por trás disso, no caso da campanha contra as drogas, eu dou o maiooooor apoio.)
As classes média - se é que ainda há dela por aí - e alta estão cada vez mais aterrorizadas.
Será que vão exigir que o governo tome as "devidas providências"?
Acredito que não. Antes, mudam-se para outros países sem "morros"... e além do mais, que providências o governo - caso quisesse - poderia tomar, uma vez que policiais fazem greve reivindicando melhor assistência e exército nacional está sendo - aos poucos - dispensado por "falta de verba"?
Talvez, poderia apelar para as " "forças armadas salvadoras" " de outro país...
Fico pensando se todo esse estardalhaço não é uma jogada para legitimar represálias à possíveis guerras civis.
Ora, com os preços dos alimentos subindo a maneira que estão; o dóllar já chega a R$ 4; enfim, pessoas com fome, armadas; sem polícia e sem exécito nacional ...
se esse gigante adormecido resolver acordar, quem segura?
Brasil: corres o risco da Colombina (Colômbia e Argentina) há muito tempo...
Ontem, o jornal da globo mostrou - durante todo o primeiro bloco - reportagens a respeito da quebradeira (que não é nenhuma novidade) que ocorre no Rio de Janeiro. Estão investindo também em campanhas contra as drogas, reafirmando que estas financiam o tráfico. (Seja lá qual for o motivo que está por trás disso, no caso da campanha contra as drogas, eu dou o maiooooor apoio.)
As classes média - se é que ainda há dela por aí - e alta estão cada vez mais aterrorizadas.
Será que vão exigir que o governo tome as "devidas providências"?
Acredito que não. Antes, mudam-se para outros países sem "morros"... e além do mais, que providências o governo - caso quisesse - poderia tomar, uma vez que policiais fazem greve reivindicando melhor assistência e exército nacional está sendo - aos poucos - dispensado por "falta de verba"?
Talvez, poderia apelar para as " "forças armadas salvadoras" " de outro país...
Fico pensando se todo esse estardalhaço não é uma jogada para legitimar represálias à possíveis guerras civis.
Ora, com os preços dos alimentos subindo a maneira que estão; o dóllar já chega a R$ 4; enfim, pessoas com fome, armadas; sem polícia e sem exécito nacional ...
se esse gigante adormecido resolver acordar, quem segura?
Brasil: corres o risco da Colombina (Colômbia e Argentina) há muito tempo...
quarta-feira, outubro 16, 2002
Uma Outra Estação...
Por Maxoel Costa
Sexta-feira. 11 de outubro de 1996. 1 hora e 15 minutos da manhã. Neste dia,nesta hora, após lutar por anos contra a AIDS, Renato Manfredini Junior, mais conhecido como Renato Russo, para o lamento de seus milhares de fãs, espalhados pelo país, falece. Deixa para trás, como legado, músicas que são como hinos de uma geração.
11 de outubro de 2002, coincidentemente uma sexta-feira, ocorreu no outrora Bicho-André (ainda não sei o nome atual. Mas quem se importa? Daqui a pouco muda de nome novamente...), o Tributo a Renato Russo, com a banda Último Toque, que tem como integrantes Ivan Lee (vocais, baixo e violão elétrico), mais os irmãos Thiago Kerzer (ex-Hanson, Guitarra) e Rodrigo Hanson (Bateria). O show, feito para lembrar os 6 anos de morte do cantor, estava marcado para as 11 horas e começou por volta de meia-noite. Cheguei um pouco depois do show ter começado, puto da vida por ter que pagar 5 pilas para entrar no show, uma verdadeira extorsão. Para minha sorte, consegui comprar o ingresso um pouco mais barato, com um conhecido que não iria assistir. Bom, sobrava mais um pouco para cerveja.
O repertório da banda trazia grandes sucessos da extinta banda Legião Urbana, tais como Pais e filhos, Tempo Perdido, Andrea Dória, Eduardo e Mônica, Ainda é Cedo, Natália, Faroeste Cabloco, entre outros. Algumas canções seguiam a estética usada em "Música para Acampamentos". Uma pergunta: Cadê as músicas referentes à carreira solo de Renato Russo? Já que era Tributo a Renato Russo, e não à Legião Urbana, deveria-se revisitar também esta fase na vida do cantor. Vai saber o porque de não ter-se feito isso...
O show teve como platéia principal, obviamente, pessoas na casa dos 20 e poucos anos, aquela galerinha que acompanhou a carreira da banda de perto, que teve a sorte de viver numa época na qual o rock nacional estava em evidência, tanto na mídia como na cabeça da juventude. Faltou a turminha pré-púbere, de preto, tão comuns nos shows de rock que acontecem na região. A única excessão era o irmão mais novo do clã Hanson, o Ciro (aliás, todo o clã, inclusive a candidata à futura matriarca, estavam presentes para privilegiar o show). O show deve ter começado depois da hora de dormir ou eles estavam se preparando para comemorar o dia das crianças...
Como era de se esperar, a cada música tocada havia um corinho acompanhado, emocionado. Destaque para o show-man Ivan, que nos "intervalos" pegava no violão elétrico e fazia um show acústico de um homem só. Ponto negativo: Ao cantar "Meninos e Meninas", a banda se recusou a recitar o "polêmico" refrão, alterando-o até ("E eu gosto de coroas e meninas"), o que não ficou bem. Sinceramente, se era para fazer isso, melhor nem ter colocado a música no repertório. A atitude teve até um efeito contrário do que o Ivan esperava. Alguém na platéia soltou que "quem não deve não teme..." Fica aqui o recado, Ivan.
Tirando isso, o show foi excelente, finalizando com quase três horas de show. Haja fôlego! E o mais importante: Com a aprovação da platéia.
Por Maxoel Costa
Sexta-feira. 11 de outubro de 1996. 1 hora e 15 minutos da manhã. Neste dia,nesta hora, após lutar por anos contra a AIDS, Renato Manfredini Junior, mais conhecido como Renato Russo, para o lamento de seus milhares de fãs, espalhados pelo país, falece. Deixa para trás, como legado, músicas que são como hinos de uma geração.
11 de outubro de 2002, coincidentemente uma sexta-feira, ocorreu no outrora Bicho-André (ainda não sei o nome atual. Mas quem se importa? Daqui a pouco muda de nome novamente...), o Tributo a Renato Russo, com a banda Último Toque, que tem como integrantes Ivan Lee (vocais, baixo e violão elétrico), mais os irmãos Thiago Kerzer (ex-Hanson, Guitarra) e Rodrigo Hanson (Bateria). O show, feito para lembrar os 6 anos de morte do cantor, estava marcado para as 11 horas e começou por volta de meia-noite. Cheguei um pouco depois do show ter começado, puto da vida por ter que pagar 5 pilas para entrar no show, uma verdadeira extorsão. Para minha sorte, consegui comprar o ingresso um pouco mais barato, com um conhecido que não iria assistir. Bom, sobrava mais um pouco para cerveja.
O repertório da banda trazia grandes sucessos da extinta banda Legião Urbana, tais como Pais e filhos, Tempo Perdido, Andrea Dória, Eduardo e Mônica, Ainda é Cedo, Natália, Faroeste Cabloco, entre outros. Algumas canções seguiam a estética usada em "Música para Acampamentos". Uma pergunta: Cadê as músicas referentes à carreira solo de Renato Russo? Já que era Tributo a Renato Russo, e não à Legião Urbana, deveria-se revisitar também esta fase na vida do cantor. Vai saber o porque de não ter-se feito isso...
O show teve como platéia principal, obviamente, pessoas na casa dos 20 e poucos anos, aquela galerinha que acompanhou a carreira da banda de perto, que teve a sorte de viver numa época na qual o rock nacional estava em evidência, tanto na mídia como na cabeça da juventude. Faltou a turminha pré-púbere, de preto, tão comuns nos shows de rock que acontecem na região. A única excessão era o irmão mais novo do clã Hanson, o Ciro (aliás, todo o clã, inclusive a candidata à futura matriarca, estavam presentes para privilegiar o show). O show deve ter começado depois da hora de dormir ou eles estavam se preparando para comemorar o dia das crianças...
Como era de se esperar, a cada música tocada havia um corinho acompanhado, emocionado. Destaque para o show-man Ivan, que nos "intervalos" pegava no violão elétrico e fazia um show acústico de um homem só. Ponto negativo: Ao cantar "Meninos e Meninas", a banda se recusou a recitar o "polêmico" refrão, alterando-o até ("E eu gosto de coroas e meninas"), o que não ficou bem. Sinceramente, se era para fazer isso, melhor nem ter colocado a música no repertório. A atitude teve até um efeito contrário do que o Ivan esperava. Alguém na platéia soltou que "quem não deve não teme..." Fica aqui o recado, Ivan.
Tirando isso, o show foi excelente, finalizando com quase três horas de show. Haja fôlego! E o mais importante: Com a aprovação da platéia.
É, timpaneiros ... Pasmem, mesmo sendo boatos ... Teve eleições no Iraque ... E Saddam foi reeleito com maioria absoluta ... Mais de 11 milhões de iraquianos foram as urnas e deram mais sete anos para Saddam ...
[a cidade não é de ninguém]
não assisti “cidade de deus”; me reservei o direito de não ver esse filme. não vou desmerecer o mérito da produção com uma argumentação vazia de quem não encarou a fita olho no olho. mas o estardalhaço feito em cima deste filme colaborou e muito para que eu desenvolvesse uma saudável ojeriza à idéia de encarar fila de cinema — o único que funciona por aqui se encontra em um shopping e se divide em duas sofríveis salas de projeção — para verificar se sou mesmo um sujeito ranzinza. não preciso disso, até porque sei que sou mesmo um velho rabugento. a questão é que tive esse mesmo comportamento com “central do brasil” e não me arrependi de não ter ido ao cinema para ver o que eu considero um filme publicitário de longa duração – tive que assisti-lo, em outra ocasião, para participar de um debate sobre cinema brasileiro e tive a certeza de que fiz muito bem em não tê-lo visto antes. lembro que andré forastieri, na época, escreveu na caros amigos a melhor definição sobre “central do brasil”, chamando o filme de “pixote light”. agora, com “cidade de deus”, vem a onda da glamourização da malaquice dos morros, da vida bandida e que tais, que eu não sei o quanto nós conhecemos tão bem quanto costumamos afirmar. estou sendo fatalista ? não creio. cometendo um ato que poucas vezes me permito, que é assistir televisão, vi o anúncio de uma produção global chamada “cidade dos homens”, com o mesmo jeitão – valha o termo – de “cidade de deus”, só que “estilizando” a narrativa com crianças – está passando hoje, terça-feira, enquanto eu escrevo esse mini-artigo. zapeando, me deparo com netinho anunciando, na record, um programa chamado “turma do gueto”, algo com um jeitão de vida sofrida embalada com estética rapper americana. e esses são apenas os primeiros subprodutos. não é por nada não, mas não consigo acreditar que somente eu tenho a impressão de que algo no meio do caminho está sendo mascado e ruminado com outra forma. o único fator positivo do filme, para mim, é fazer com que eu tenha mais vontade de buscar o livro escrito por paulo lins para destrinchar, tarefa que eu deveria ter dado cabo há muito tempo. esta sim é minha idéia de diversão.
não assisti “cidade de deus”; me reservei o direito de não ver esse filme. não vou desmerecer o mérito da produção com uma argumentação vazia de quem não encarou a fita olho no olho. mas o estardalhaço feito em cima deste filme colaborou e muito para que eu desenvolvesse uma saudável ojeriza à idéia de encarar fila de cinema — o único que funciona por aqui se encontra em um shopping e se divide em duas sofríveis salas de projeção — para verificar se sou mesmo um sujeito ranzinza. não preciso disso, até porque sei que sou mesmo um velho rabugento. a questão é que tive esse mesmo comportamento com “central do brasil” e não me arrependi de não ter ido ao cinema para ver o que eu considero um filme publicitário de longa duração – tive que assisti-lo, em outra ocasião, para participar de um debate sobre cinema brasileiro e tive a certeza de que fiz muito bem em não tê-lo visto antes. lembro que andré forastieri, na época, escreveu na caros amigos a melhor definição sobre “central do brasil”, chamando o filme de “pixote light”. agora, com “cidade de deus”, vem a onda da glamourização da malaquice dos morros, da vida bandida e que tais, que eu não sei o quanto nós conhecemos tão bem quanto costumamos afirmar. estou sendo fatalista ? não creio. cometendo um ato que poucas vezes me permito, que é assistir televisão, vi o anúncio de uma produção global chamada “cidade dos homens”, com o mesmo jeitão – valha o termo – de “cidade de deus”, só que “estilizando” a narrativa com crianças – está passando hoje, terça-feira, enquanto eu escrevo esse mini-artigo. zapeando, me deparo com netinho anunciando, na record, um programa chamado “turma do gueto”, algo com um jeitão de vida sofrida embalada com estética rapper americana. e esses são apenas os primeiros subprodutos. não é por nada não, mas não consigo acreditar que somente eu tenho a impressão de que algo no meio do caminho está sendo mascado e ruminado com outra forma. o único fator positivo do filme, para mim, é fazer com que eu tenha mais vontade de buscar o livro escrito por paulo lins para destrinchar, tarefa que eu deveria ter dado cabo há muito tempo. esta sim é minha idéia de diversão.
domingo, outubro 13, 2002
FELINUS SONORUS
Ainda sob efeito dos shows de ontem, descobri que algumas pessoas não deveriam deixar gatos perto de rock'n'roll. Pode acabar acontecendo isso aqui [detalhe técnico: não esqueça de ligar a caixa de som, senão perde toda a graça]. Cortesia de Estranhos Links [não, moçada, não tem nada a ver com Raul].
Ainda sob efeito dos shows de ontem, descobri que algumas pessoas não deveriam deixar gatos perto de rock'n'roll. Pode acabar acontecendo isso aqui [detalhe técnico: não esqueça de ligar a caixa de som, senão perde toda a graça]. Cortesia de Estranhos Links [não, moçada, não tem nada a ver com Raul].
sábado, outubro 12, 2002
Interferência do Banco Mundial na Política Educacional Brasileira
No dia 14/10/02, segunda-feira, a partir das 9h, teremos no CEFET/Campos duas palestras importantes. Pela manhã, o Prof. Dr. Roberto Leher (ex-Presidente do ANDES e Porf. da Fac. de Educação da UFRJ) falará sobre a Interferência do Banco Mundial na Política Educacional Brasileira. Na parte da tarde, o Prof. Dr. Nicholas Davies (Prof. da Fac. de Educação da UFF) abordará A Questão do Financiamento da Educação no Brasil.
No dia 14/10/02, segunda-feira, a partir das 9h, teremos no CEFET/Campos duas palestras importantes. Pela manhã, o Prof. Dr. Roberto Leher (ex-Presidente do ANDES e Porf. da Fac. de Educação da UFRJ) falará sobre a Interferência do Banco Mundial na Política Educacional Brasileira. Na parte da tarde, o Prof. Dr. Nicholas Davies (Prof. da Fac. de Educação da UFF) abordará A Questão do Financiamento da Educação no Brasil.
GOITACÁ NO PROVOS
O evento Provos, que acontecerá em Belo Horizonte, teve as datas alteradas. Inicialmente marcado para a primeira semana de dezembro, agora acontecerá entre os dias 22 e 25 de novembro. Este jornalista hiperativo está escalado para fazer palestra e workshop. Confiram aí a programação.
22/11 - sexta
17 às 19h - Oficina de edição e produção de MP3 - re:combo
19 às 20h - Palestra: Os espaços da informação no mundo online - Jorge Rocha
23/11 - sábado
16 às 18h - Workshop- O jornalismo online como agente participante de micro-revoluções - Jorge Rocha
18 às 19:30hs - Oficina de webdesigner e Arquitetura da Informação - Daniel Pádua e Maratimba
19:30hs às 20:30hs - Palestra: As políticas da informação no mundo online - Fábio Fernandes
24/11 - domingo
18 às 19 hs - Seminário Alca: a experiência informativa do Sinjus, com Jackson Figueiredo
19 às 21hs - Oficina de webdesigner - Daniel Pádua e Felipe Fonseca - Comunidades Colaborativas
25/11 - segunda
17 às 18hs - Seminário: cobertura da midia sobre o FSM (PUC-MG)
19 às 21hs - Workshop: Mitos da comunicação online - o desafio da ética - Fábio Fernandes
Alguém se prontifica a pegar uma carona comigo ? Também estou no aguardo de pessoal interessado em trocas de idéia sobre o evento, principalmente sobre os temas que irei abordar.
O evento Provos, que acontecerá em Belo Horizonte, teve as datas alteradas. Inicialmente marcado para a primeira semana de dezembro, agora acontecerá entre os dias 22 e 25 de novembro. Este jornalista hiperativo está escalado para fazer palestra e workshop. Confiram aí a programação.
22/11 - sexta
17 às 19h - Oficina de edição e produção de MP3 - re:combo
19 às 20h - Palestra: Os espaços da informação no mundo online - Jorge Rocha
23/11 - sábado
16 às 18h - Workshop- O jornalismo online como agente participante de micro-revoluções - Jorge Rocha
18 às 19:30hs - Oficina de webdesigner e Arquitetura da Informação - Daniel Pádua e Maratimba
19:30hs às 20:30hs - Palestra: As políticas da informação no mundo online - Fábio Fernandes
24/11 - domingo
18 às 19 hs - Seminário Alca: a experiência informativa do Sinjus, com Jackson Figueiredo
19 às 21hs - Oficina de webdesigner - Daniel Pádua e Felipe Fonseca - Comunidades Colaborativas
25/11 - segunda
17 às 18hs - Seminário: cobertura da midia sobre o FSM (PUC-MG)
19 às 21hs - Workshop: Mitos da comunicação online - o desafio da ética - Fábio Fernandes
Alguém se prontifica a pegar uma carona comigo ? Também estou no aguardo de pessoal interessado em trocas de idéia sobre o evento, principalmente sobre os temas que irei abordar.
UMA AULA DE ROCK’N’ROLL
ou rock’n’roll me fez um delinqüente senil ou como fiquei chapado sem ter bebido álcool ou consumido drogas
Sexta-feira gorda. Véspera do Dia das Crianças. Um monte de gente com roupas pretas postada em frente ao Sesc, aguardando os primeiros acordes das guitarras para ter momentos dedicados exclusivamente a um dos prazeres espertamente cunhado pela vontade humana: rock’n’roll. Beleza, beleza; um cenário que já se tornou comum nas noites de sexta, por conta do projeto Arte na Tribo, cuja atração da vez era a Reubes Pess Band. Cheguei à função às 20:40, acreditando que estava pontualmente atrasado, mas a eterna discrepância dos relógios da produção me salvou de mais um atraso. Deu tempo de procurar confortavelmente por uma cadeira — verificando se estava ou não quebrada, malditos babacas ! — antes de Reubes Pess subir ao palco e mandar um boa noite, se atracando com a guitarra, a seguir. Reubes abriu o show com “Hey hey, my my”, do malaco véio de guerra Neil Young, o que me levou a tomar a decisão de alucinar naquele show apenas com rock’n’roll. Decisão acertada, segundo consta no processo. De bate-pronto — ‘cause rock’nr’roll can never die —, foi a vez de “Areia da ampulheta”, versão reubespessiana para esta música pouco conhecida de Raul Seixas, mostrar para a fauna local que este show não seria em nada descartado da memória.
Na sequência, Reubes mandou uma música própria, “Clara”, sem perder o pique, dividindo as honras dos riffs de guitarra com Alex Padarazzo. A alternância sonora entre as guitarras era feita sob os olhares atentos de um figura conhecido como Ossada, que ficou — durante todo o show — no gargarejo dizendo frases desconexas e ... tocando gaita !!! Freak rules ! Te digo: esses fatos só acontecem quando eu estou por perto. O baixista Luiz, competentíssimo na função e discreto, esboçava sorriso a cada vez que o figureta tentava falar com algum dos músicos. Só alegria. Esse foi o típico show onde era claramente perceptível que os músicos estavam se divertindo, vide o exemplo do tecladista Sérgio Django, que parecia ter incorporado Jerry Lee Lewis, faltando apenas sair dançando pelo palco.
A música seguinte foi “Me perdoe se eu chorar” — no CD “As cores em preto e branco” é uma baladinha de responsa —, com um arranjo bem diferente do original. Com essa encarnação da banda, Reubes Pess bolou uma versão progressiva matadora, abusando das guitarras e da sonoridade porrada do baterista Robinho — que, após o fim do show, enquanto eu buscava inutilmente uma cerveja na microscópica geladeira do minúsculo camarim, foi chamado insistentemente de Robinho Brown pelo cantor. Se no CD esta é uma música que cativa, ao vivo invade teus ouvidos e fica ressoando até você entender que se está falando de ... amor.
Sim, moçada ! Uma canção que fala abertamente de amor sendo tocada numa noite de roquenrôu, com um bando de neguinho com cara de mau se divertindo aos montes !!! Uma canção de amor com uma pegada de fazer qualquer pessoa que curta minimamente rock sentir orgulho em se entupir com guitarras distorcidas, batidas quase tribais e letras com conteúdo. Te digo: congelei na cadeira. Para mim, o show poderia acabar ali mesmo, porque eu só teria condições de me levantar daquela cadeira na noite de domingo — aliás, há momentos em que eu acredito que ainda estou mesmo lá.
Mas a Reubes Pess Band ainda não havia dado o golpe mortal na minha carcaça com costeletas. Para satisfação dos monstrolos paleolíticos que lagarteavam pelo local, Reubes anunciou que iria cantar “Stairway to heaven”. Delírio, delírio, delírio. Até onde me consta, quase nenhuma banda por estes lados colocou constantemente esta música — facilmente mantida no panteão das melhores de todos os tempos — em seu repertório. Reubes cantou com a devida emoção, sem apelar para muitos maneirismos, e a banda mostrou uma coesão rítmica executada com tamanha facilidade que os instrumentos pareciam ter vida própria. Nenhuma reação foi por mim esboçada quando a banda atacou ainda com “Como vovó já dizia”, de Raulzito, e “Time”, do Pink Floyd.
Vendo que a receptividade tinha sido melhor do que esperava, a Reubes Pess Band engatou mais uma clássica. Não, senhoras e senhores; nosso amigo não se rendeu aos apelos do público, que berrava “Black Sabbath” de quando em vez, como já é costume em todo show. A moçada do palco lascou “Smoke on the water”, acompanhada por bater de pés e balançar incontrolável de cabeças. Este jornalista hiperativo, estatelado na cadeira, era sorriso de orelha a orelha. Eu sabia que sair da toca hibernante justo nesta sexta seria algo compensatório. E vi que estava certo. Todo titubeou para levantar das cadeiras, não aceitando muito facilmente que o show tivesse acabado. Acho que não fui o único a ser atingido. Ficou faltando apenas remeter a James Brown — que estava no set list — , para que eu pudesse também cantar “aaaaaaaaaaaaaaai fiiiiiiiu gudi”.
Ainda sem me recuperar do choque, fui dar uma ajuda para a rapaziada desmontar o equipamento e guardar as tralhas — sou um roadie esporádico, confesso. Foi tempo suficiente para me recuperar e conversar com o pessoal da TV Universitária, que filmou todo o show e deverá exibi-lo em sua programação, a partir da próxima semana — anota aí, moçada: ViaCabo TV, canal 16. O passo seguinte foi cometer o hercúleo esforço de convencer Reubes Pess a dar uma esticada até o Terapia’s, para conversar um pouco até chegar a hora de rumar para o tributo a Renato Russo, que a banda Último Toque iria realizar naquele troço que um dia se chamou Bicho André. Mas esse show do Último Toque eu deixo para outro timpaneiro contar. Se bem que esta matéria não deverá citar situações bizarras, como o fato de que eu enfiei metade do meu corpo para dentro do buraco do plástico preto que cobria a bilheteria, só para convencer os promotores do show a entrar de graça, ou falar sobre a quantia absurda de cerveja que andei bebendo, em apenas três horas, com Reubes, Márcio Aquino — a enciclopédia da contracultura campista — e Alexandre Benzi, companheiro roqueiro das antigas que resolveu ressuscitar. Cuidado, moçada: os dinossauros estão voltando à terra. Felling good.
ou rock’n’roll me fez um delinqüente senil ou como fiquei chapado sem ter bebido álcool ou consumido drogas
Sexta-feira gorda. Véspera do Dia das Crianças. Um monte de gente com roupas pretas postada em frente ao Sesc, aguardando os primeiros acordes das guitarras para ter momentos dedicados exclusivamente a um dos prazeres espertamente cunhado pela vontade humana: rock’n’roll. Beleza, beleza; um cenário que já se tornou comum nas noites de sexta, por conta do projeto Arte na Tribo, cuja atração da vez era a Reubes Pess Band. Cheguei à função às 20:40, acreditando que estava pontualmente atrasado, mas a eterna discrepância dos relógios da produção me salvou de mais um atraso. Deu tempo de procurar confortavelmente por uma cadeira — verificando se estava ou não quebrada, malditos babacas ! — antes de Reubes Pess subir ao palco e mandar um boa noite, se atracando com a guitarra, a seguir. Reubes abriu o show com “Hey hey, my my”, do malaco véio de guerra Neil Young, o que me levou a tomar a decisão de alucinar naquele show apenas com rock’n’roll. Decisão acertada, segundo consta no processo. De bate-pronto — ‘cause rock’nr’roll can never die —, foi a vez de “Areia da ampulheta”, versão reubespessiana para esta música pouco conhecida de Raul Seixas, mostrar para a fauna local que este show não seria em nada descartado da memória.
Na sequência, Reubes mandou uma música própria, “Clara”, sem perder o pique, dividindo as honras dos riffs de guitarra com Alex Padarazzo. A alternância sonora entre as guitarras era feita sob os olhares atentos de um figura conhecido como Ossada, que ficou — durante todo o show — no gargarejo dizendo frases desconexas e ... tocando gaita !!! Freak rules ! Te digo: esses fatos só acontecem quando eu estou por perto. O baixista Luiz, competentíssimo na função e discreto, esboçava sorriso a cada vez que o figureta tentava falar com algum dos músicos. Só alegria. Esse foi o típico show onde era claramente perceptível que os músicos estavam se divertindo, vide o exemplo do tecladista Sérgio Django, que parecia ter incorporado Jerry Lee Lewis, faltando apenas sair dançando pelo palco.
A música seguinte foi “Me perdoe se eu chorar” — no CD “As cores em preto e branco” é uma baladinha de responsa —, com um arranjo bem diferente do original. Com essa encarnação da banda, Reubes Pess bolou uma versão progressiva matadora, abusando das guitarras e da sonoridade porrada do baterista Robinho — que, após o fim do show, enquanto eu buscava inutilmente uma cerveja na microscópica geladeira do minúsculo camarim, foi chamado insistentemente de Robinho Brown pelo cantor. Se no CD esta é uma música que cativa, ao vivo invade teus ouvidos e fica ressoando até você entender que se está falando de ... amor.
Sim, moçada ! Uma canção que fala abertamente de amor sendo tocada numa noite de roquenrôu, com um bando de neguinho com cara de mau se divertindo aos montes !!! Uma canção de amor com uma pegada de fazer qualquer pessoa que curta minimamente rock sentir orgulho em se entupir com guitarras distorcidas, batidas quase tribais e letras com conteúdo. Te digo: congelei na cadeira. Para mim, o show poderia acabar ali mesmo, porque eu só teria condições de me levantar daquela cadeira na noite de domingo — aliás, há momentos em que eu acredito que ainda estou mesmo lá.
Mas a Reubes Pess Band ainda não havia dado o golpe mortal na minha carcaça com costeletas. Para satisfação dos monstrolos paleolíticos que lagarteavam pelo local, Reubes anunciou que iria cantar “Stairway to heaven”. Delírio, delírio, delírio. Até onde me consta, quase nenhuma banda por estes lados colocou constantemente esta música — facilmente mantida no panteão das melhores de todos os tempos — em seu repertório. Reubes cantou com a devida emoção, sem apelar para muitos maneirismos, e a banda mostrou uma coesão rítmica executada com tamanha facilidade que os instrumentos pareciam ter vida própria. Nenhuma reação foi por mim esboçada quando a banda atacou ainda com “Como vovó já dizia”, de Raulzito, e “Time”, do Pink Floyd.
Vendo que a receptividade tinha sido melhor do que esperava, a Reubes Pess Band engatou mais uma clássica. Não, senhoras e senhores; nosso amigo não se rendeu aos apelos do público, que berrava “Black Sabbath” de quando em vez, como já é costume em todo show. A moçada do palco lascou “Smoke on the water”, acompanhada por bater de pés e balançar incontrolável de cabeças. Este jornalista hiperativo, estatelado na cadeira, era sorriso de orelha a orelha. Eu sabia que sair da toca hibernante justo nesta sexta seria algo compensatório. E vi que estava certo. Todo titubeou para levantar das cadeiras, não aceitando muito facilmente que o show tivesse acabado. Acho que não fui o único a ser atingido. Ficou faltando apenas remeter a James Brown — que estava no set list — , para que eu pudesse também cantar “aaaaaaaaaaaaaaai fiiiiiiiu gudi”.
Ainda sem me recuperar do choque, fui dar uma ajuda para a rapaziada desmontar o equipamento e guardar as tralhas — sou um roadie esporádico, confesso. Foi tempo suficiente para me recuperar e conversar com o pessoal da TV Universitária, que filmou todo o show e deverá exibi-lo em sua programação, a partir da próxima semana — anota aí, moçada: ViaCabo TV, canal 16. O passo seguinte foi cometer o hercúleo esforço de convencer Reubes Pess a dar uma esticada até o Terapia’s, para conversar um pouco até chegar a hora de rumar para o tributo a Renato Russo, que a banda Último Toque iria realizar naquele troço que um dia se chamou Bicho André. Mas esse show do Último Toque eu deixo para outro timpaneiro contar. Se bem que esta matéria não deverá citar situações bizarras, como o fato de que eu enfiei metade do meu corpo para dentro do buraco do plástico preto que cobria a bilheteria, só para convencer os promotores do show a entrar de graça, ou falar sobre a quantia absurda de cerveja que andei bebendo, em apenas três horas, com Reubes, Márcio Aquino — a enciclopédia da contracultura campista — e Alexandre Benzi, companheiro roqueiro das antigas que resolveu ressuscitar. Cuidado, moçada: os dinossauros estão voltando à terra. Felling good.
sexta-feira, outubro 11, 2002
SESSAO DUPLA
Hoje tem Reubes Pess no Teatro do Sesc, a partir das 20:30. E, naquele bar que um dia se chamou Bicho Andre, as 22h, rola tributo a Renato Russo, com Ultimo Toque - e eu estou em um computador que se recusa a escrever acentos. Iremos.
Hoje tem Reubes Pess no Teatro do Sesc, a partir das 20:30. E, naquele bar que um dia se chamou Bicho Andre, as 22h, rola tributo a Renato Russo, com Ultimo Toque - e eu estou em um computador que se recusa a escrever acentos. Iremos.
quinta-feira, outubro 10, 2002
DESABAFO
Bem...,espero que não me levem a mal...,mas vou relatar um pesadelo que eu tive esta noite...
Eu estava andando numa boa pela rua...num sei ao certo onde eu estava,mas estava pensando sobre muitas coisas que eu andei conversando por ai...
Até que veio a tona o post ,do colega jorge rocha, sobre as eleições e a surpreendente vitória do Enéias para dep. federa -candidato mais votado na história...-
enfim...,aí que começou o inferno...fui surpreendido por seguidores do Plínio Salgado...no braço direito de cada um tinha o símbolo do INTEGRALISMO...Todos de fardas verde...olhando e perguntando sobre minha aparencia desleixada..e não satisfeitos começaram a me espancar...acordei com despertador tocando e com uma pergunta na cabeça...Qual o significado da sigla PRONA ????????
Bem...,espero que não me levem a mal...,mas vou relatar um pesadelo que eu tive esta noite...
Eu estava andando numa boa pela rua...num sei ao certo onde eu estava,mas estava pensando sobre muitas coisas que eu andei conversando por ai...
Até que veio a tona o post ,do colega jorge rocha, sobre as eleições e a surpreendente vitória do Enéias para dep. federa -candidato mais votado na história...-
enfim...,aí que começou o inferno...fui surpreendido por seguidores do Plínio Salgado...no braço direito de cada um tinha o símbolo do INTEGRALISMO...Todos de fardas verde...olhando e perguntando sobre minha aparencia desleixada..e não satisfeitos começaram a me espancar...acordei com despertador tocando e com uma pergunta na cabeça...Qual o significado da sigla PRONA ????????
terça-feira, outubro 08, 2002
H. ROMEU NO SESC SEXTA-FEIRA
Ébano Machel
Não se enganem. Não deixamos de cobrir os shows que estão acontecendo no SESC todas as sextas-feiras no projeto Arte na Tribo realizado pela mãe Dorinha. Na semana passada foi a vez de Hélder -sim, é o mesmo baterista do Esquilo Secreto- Ramón no baixo, Gerlan na guitarra e o vocal de Gláucio -que segundo minha parceira Mariana parecia evangélico- se apresentarem como H.Romeu. O nome dado a banda, que segundo Hélder existe a dois meses, foi responsável pela presença de muitos curiosos ávidos por descobrir que tipo de som sairia daí.
O show começou com La Bamba tendo um Gláucio vestido a caráter pra música. Em sequência, ouvimos Twist and Shout (ou Twister in Chaos?) e "I wanna hold your hand" dos Beatles. Com isso, tivemos uma vaga idéia de quais eram as influências da banda.
Porém, quando pensávamos saber qual era o estilo da banda, o clima começou a ficar pesado. Distorções rasgadíssimas e pegada brutal de baquetas fazendo soar todas as frequências agudas dos pratos serviram de playback para os gritos daquele que parecia ser uma evangélico na música "Man in the box" do Alice in Chains. A partir daí, a casa caiu. Praticamente sem dar tempo para respirar, H.Romeu foi correr atrás de Black Sabbath cantando o clássico Paranoid. Nessa hora, deixamos para trás as tentativas de dar um rótulo a banda, principalmente quando eles tocaram "Come as You Are" do Nirvana. O público entendeu qual era o espírito da banda e pediu algo bem semelhante ao que estava sendo executado: Sepultura.
O show deu uma tranquilizada em uma sequência, onde a banda tocou "The way", "creep" e "Yes your love". Foi a resposta perfeita ao apelo do público que se comportou bem . Insatisfeito, o público clamou mais uma vez por músicas da banda de Igor Cavalera.
Gláucio viu que as últimas músicas agradaram a poucos, virou-se para a banda e perguntou: "Vamos tocar uma parada pesada?"
A resposta foi positiva e a banda tocou "Never there" e "Boys don´t cry" que chegou a causar uma roda punk meio tímida no fundo do teatro. Essa agitação terminou (deixou de começar) na música seguinte "Break off the rules". Porém, o público foi percebendo que o clima estava esquentando e pediu algo no mesmo nível: Marilyn Manson.
A resposta foi quase certeira: "She" do Green Day e "Santeria" numa versão ska-punk bem própria da banda. Foi o momento em que, não sei por intermédio de qual força estranha, ouvia-se uma multidão gritar pelo nome da apresentadora infantil(*), cantora(?) e atriz(?) Angélica. O cala-boca de resposta foi "Lithium" do Nirvana que causou a hora mais quente da performance. A roda punk reiniciou, dessa vez com uma quantidade maior de pessoas, graças a Deus mais uma vez sem quebrar nada. Parabéns a galera. Em sequência, uma do réptil Eric Clapton "Cocaine" que resultou em gritos alucinados evocando um outro ser sobrenatural de outro planeta chamado Xuxa. Eu confesso que realmente não entendi por que essas loiras estavam na boca do povo durante o show.
Dando sequência, Green Day e Nirvana voltaram a encarnar os músicos através de "Basket Case" e "Pennyroyel tea", que foi tocado sob pedidos de Sepultura, Deftones(por que, Deus? Por que?) e Sandy e Junior (!!!!!!! Nada mais faz sentido. Depois desse escrito, eu vou me suicidar)
Pra finalizar, o momento mais H. Romeu da noite. A banda tocou uma de suas quatro músicas próprias. Eu gostei da música, mas parece que o público só gosta de ouvir o que já conhece não importa de qual tribo pertença. Estive até pensando em contatá-los para o selo Tímpano records, que por enquanto é um projeto.
Resumindo, apesar dos defeitos, que tem mais a ver a parte técnica -aparelhagem precária e regulagem não muito boa-do que com a atuação dos músicos, e da participação esquisita do público que parecia ter tirado a noite para atrapalhar a performance da banda, o show foi... bonito.
Ébano Machel
Não se enganem. Não deixamos de cobrir os shows que estão acontecendo no SESC todas as sextas-feiras no projeto Arte na Tribo realizado pela mãe Dorinha. Na semana passada foi a vez de Hélder -sim, é o mesmo baterista do Esquilo Secreto- Ramón no baixo, Gerlan na guitarra e o vocal de Gláucio -que segundo minha parceira Mariana parecia evangélico- se apresentarem como H.Romeu. O nome dado a banda, que segundo Hélder existe a dois meses, foi responsável pela presença de muitos curiosos ávidos por descobrir que tipo de som sairia daí.
O show começou com La Bamba tendo um Gláucio vestido a caráter pra música. Em sequência, ouvimos Twist and Shout (ou Twister in Chaos?) e "I wanna hold your hand" dos Beatles. Com isso, tivemos uma vaga idéia de quais eram as influências da banda.
Porém, quando pensávamos saber qual era o estilo da banda, o clima começou a ficar pesado. Distorções rasgadíssimas e pegada brutal de baquetas fazendo soar todas as frequências agudas dos pratos serviram de playback para os gritos daquele que parecia ser uma evangélico na música "Man in the box" do Alice in Chains. A partir daí, a casa caiu. Praticamente sem dar tempo para respirar, H.Romeu foi correr atrás de Black Sabbath cantando o clássico Paranoid. Nessa hora, deixamos para trás as tentativas de dar um rótulo a banda, principalmente quando eles tocaram "Come as You Are" do Nirvana. O público entendeu qual era o espírito da banda e pediu algo bem semelhante ao que estava sendo executado: Sepultura.
O show deu uma tranquilizada em uma sequência, onde a banda tocou "The way", "creep" e "Yes your love". Foi a resposta perfeita ao apelo do público que se comportou bem . Insatisfeito, o público clamou mais uma vez por músicas da banda de Igor Cavalera.
Gláucio viu que as últimas músicas agradaram a poucos, virou-se para a banda e perguntou: "Vamos tocar uma parada pesada?"
A resposta foi positiva e a banda tocou "Never there" e "Boys don´t cry" que chegou a causar uma roda punk meio tímida no fundo do teatro. Essa agitação terminou (deixou de começar) na música seguinte "Break off the rules". Porém, o público foi percebendo que o clima estava esquentando e pediu algo no mesmo nível: Marilyn Manson.
A resposta foi quase certeira: "She" do Green Day e "Santeria" numa versão ska-punk bem própria da banda. Foi o momento em que, não sei por intermédio de qual força estranha, ouvia-se uma multidão gritar pelo nome da apresentadora infantil(*), cantora(?) e atriz(?) Angélica. O cala-boca de resposta foi "Lithium" do Nirvana que causou a hora mais quente da performance. A roda punk reiniciou, dessa vez com uma quantidade maior de pessoas, graças a Deus mais uma vez sem quebrar nada. Parabéns a galera. Em sequência, uma do réptil Eric Clapton "Cocaine" que resultou em gritos alucinados evocando um outro ser sobrenatural de outro planeta chamado Xuxa. Eu confesso que realmente não entendi por que essas loiras estavam na boca do povo durante o show.
Dando sequência, Green Day e Nirvana voltaram a encarnar os músicos através de "Basket Case" e "Pennyroyel tea", que foi tocado sob pedidos de Sepultura, Deftones(por que, Deus? Por que?) e Sandy e Junior (!!!!!!! Nada mais faz sentido. Depois desse escrito, eu vou me suicidar)
Pra finalizar, o momento mais H. Romeu da noite. A banda tocou uma de suas quatro músicas próprias. Eu gostei da música, mas parece que o público só gosta de ouvir o que já conhece não importa de qual tribo pertença. Estive até pensando em contatá-los para o selo Tímpano records, que por enquanto é um projeto.
Resumindo, apesar dos defeitos, que tem mais a ver a parte técnica -aparelhagem precária e regulagem não muito boa-do que com a atuação dos músicos, e da participação esquisita do público que parecia ter tirado a noite para atrapalhar a performance da banda, o show foi... bonito.
FAST FOOD
Vórtex Você. Mini-contos aditivados de jornalista hiperativo. Ou palavras herméticas para fãs de Hermeto Pascoal. Decida a explicação no cara ou coroa.
Vórtex Você. Mini-contos aditivados de jornalista hiperativo. Ou palavras herméticas para fãs de Hermeto Pascoal. Decida a explicação no cara ou coroa.
AULAS
Não esperava ficar tão envolvido. Era apenas a primeira das três palestras para as turmas de 1º e 2 º período de Comunicação Social, dando uma força para o caro amigo Gerson Dudus, que está ausente da cidade e pediu para que eu o substituísse. O tema, que será abordado ainda hoje e amanhã, não poderia ser mais do meu agrado: comunicação alternativa e comunicação popular. No gatilho, CMI, revista Ruptura, Laboratório de Estudos Libertários, Celip e mais um tanto de referências. Como parte do avanço midiático do qual fazemos parte, estavam lá Ébano, Quésia e Alexandro, para falar sobre este digníssimo blog, o que serviu para afinar ainda mais a nossa identidade aqui nesse espaço, caminhando para a contrainformação.
Não faltaram nem mesmo as “acusações” de que meus textos — principalmente para a criogênica Usina de Idéias — são herméticos e fechados para um gueto. Apesar de ter me divertido um tanto — meu humor é diferente, meu humor é mais doente —, ficou uma sensação vaga, sem precisão, sem identidade. Para mim, algo não estava muito satisfatório. Faltou algo que ainda não sei dimensionar corretamente — talvez reverberação. Não consigo compreender comunicação sem utilidade.
Bateu uma infinita tristeza. Como diria Manu Chao.
Caminhando sozinho pra casa, depois da aula, fiquei pensando em José Saramago. Quando recebeu a notícia de que havia arrebatado o Nobel de Literatura, ele estava em um aeroporto — não me pergunte em que cidade; minha memória já não é mais a mesma, até porque sou um delinqüente senil. Ouviu um comunicado — existe presteza em alguns aeroportos ... — de que havia um telefonema para ele. Foi assim que Saramago soube de sua conquista: pelo telefone. Mas não é esse o detalhe que fez este episódio voltar, em cacos, à lembrança. Foi somente em um corredor longo, cinzento e frio, que caiu a ficha — atenção: entra aí agora a versão dramatizada do fato. Ele ficou pensando algo do tipo: "Eu ganhei o Nobel de Literatura e o que isso significa ? Estou aqui, sozinho".
Tirando o Nobel, meu pensamento de volta para a casa foi bem parecido.
Me senti ainda um tanto como Spider Jerusalém, jornalista malaco dos quadrinhos, criado por Warren Ellis e Darrick Robertson. Na história God riding shotgun, de Lust for life, SJ — de “manto branco”, barba falsa, auréola na careca e calçando tênis Air Jesus — se mete numa feira religiosa e, depois de se emputecer o suficiente, arrebenta as barraquinhas — bem como o episódio bíblico de Jesus versus os vendilhões do templo. Depois de pensar nessa história de Saramago, lembrei dos quadrinhos finais, quando Spider detona tudo, enquanto chega a polícia. O malaco berra: “... e eu não posso combater vocês sozinho, seus putos ... tudo que eu posso fazer é mostrar a verdade ...”.
Como eu disse: infinita tristeza. Devo estar ficando mesmo velho. Hoje tem mais. Vamos ver qual será o resultado.
Não esperava ficar tão envolvido. Era apenas a primeira das três palestras para as turmas de 1º e 2 º período de Comunicação Social, dando uma força para o caro amigo Gerson Dudus, que está ausente da cidade e pediu para que eu o substituísse. O tema, que será abordado ainda hoje e amanhã, não poderia ser mais do meu agrado: comunicação alternativa e comunicação popular. No gatilho, CMI, revista Ruptura, Laboratório de Estudos Libertários, Celip e mais um tanto de referências. Como parte do avanço midiático do qual fazemos parte, estavam lá Ébano, Quésia e Alexandro, para falar sobre este digníssimo blog, o que serviu para afinar ainda mais a nossa identidade aqui nesse espaço, caminhando para a contrainformação.
Não faltaram nem mesmo as “acusações” de que meus textos — principalmente para a criogênica Usina de Idéias — são herméticos e fechados para um gueto. Apesar de ter me divertido um tanto — meu humor é diferente, meu humor é mais doente —, ficou uma sensação vaga, sem precisão, sem identidade. Para mim, algo não estava muito satisfatório. Faltou algo que ainda não sei dimensionar corretamente — talvez reverberação. Não consigo compreender comunicação sem utilidade.
Bateu uma infinita tristeza. Como diria Manu Chao.
Caminhando sozinho pra casa, depois da aula, fiquei pensando em José Saramago. Quando recebeu a notícia de que havia arrebatado o Nobel de Literatura, ele estava em um aeroporto — não me pergunte em que cidade; minha memória já não é mais a mesma, até porque sou um delinqüente senil. Ouviu um comunicado — existe presteza em alguns aeroportos ... — de que havia um telefonema para ele. Foi assim que Saramago soube de sua conquista: pelo telefone. Mas não é esse o detalhe que fez este episódio voltar, em cacos, à lembrança. Foi somente em um corredor longo, cinzento e frio, que caiu a ficha — atenção: entra aí agora a versão dramatizada do fato. Ele ficou pensando algo do tipo: "Eu ganhei o Nobel de Literatura e o que isso significa ? Estou aqui, sozinho".
Tirando o Nobel, meu pensamento de volta para a casa foi bem parecido.
Me senti ainda um tanto como Spider Jerusalém, jornalista malaco dos quadrinhos, criado por Warren Ellis e Darrick Robertson. Na história God riding shotgun, de Lust for life, SJ — de “manto branco”, barba falsa, auréola na careca e calçando tênis Air Jesus — se mete numa feira religiosa e, depois de se emputecer o suficiente, arrebenta as barraquinhas — bem como o episódio bíblico de Jesus versus os vendilhões do templo. Depois de pensar nessa história de Saramago, lembrei dos quadrinhos finais, quando Spider detona tudo, enquanto chega a polícia. O malaco berra: “... e eu não posso combater vocês sozinho, seus putos ... tudo que eu posso fazer é mostrar a verdade ...”.
Como eu disse: infinita tristeza. Devo estar ficando mesmo velho. Hoje tem mais. Vamos ver qual será o resultado.
FRAUDULENTO
O irmão em armas Fábio Fernandes, além de manter o blog Pólis, agora escreve também para Fraude, do Eduardo Fernandes. O texto de estréia do caro 2F aborda a via crucis kafkiana da fila para a votação.
O irmão em armas Fábio Fernandes, além de manter o blog Pólis, agora escreve também para Fraude, do Eduardo Fernandes. O texto de estréia do caro 2F aborda a via crucis kafkiana da fila para a votação.
segunda-feira, outubro 07, 2002
NOJO
ACM, Jader e Arruda voltam ao Congresso. Enéas passa de um milhão e é deputado com mais votos na História. E vocês ainda acham que há alguma grande verdade social no processo eleitoral ?
ACM, Jader e Arruda voltam ao Congresso. Enéas passa de um milhão e é deputado com mais votos na História. E vocês ainda acham que há alguma grande verdade social no processo eleitoral ?
O IMPÉRIO CONTINUA SE EXPANDINDO
Atenção, muita atenção. De hoje até quarta-feira, estarei envolvido com uma aula-palestra – quem criou esse termo ? por que eu o estou usando ? – para as turmas de 1º e 2º período de Comunicação Social, na Faculdade de Filosofia de Campos. Irei falar sobre Comunicação Popular e Comunicação Alternativa, exibindo os vídeos “Não começou em Seattle, não vai terminar em Quebec” e “Anita Garibaldi”, produzidos pelo CMI, sobre a manifestação contra a Alca ocorrida em SP, em 2001, e sobre a ocupação de sem-tetos realizada em Guarulhos. Os timpaneiros também estarão lá, falando sobre este digníssimo brógui e sobre a revista. Ainda não sei em que salas estaremos, mas o timpaneiro Alexandro F, por certo, irá passar as coordenadas nos comments deste post. Aguardo vocês por lá. Em tempo: hoje irá começar às 20h.
Atenção, muita atenção. De hoje até quarta-feira, estarei envolvido com uma aula-palestra – quem criou esse termo ? por que eu o estou usando ? – para as turmas de 1º e 2º período de Comunicação Social, na Faculdade de Filosofia de Campos. Irei falar sobre Comunicação Popular e Comunicação Alternativa, exibindo os vídeos “Não começou em Seattle, não vai terminar em Quebec” e “Anita Garibaldi”, produzidos pelo CMI, sobre a manifestação contra a Alca ocorrida em SP, em 2001, e sobre a ocupação de sem-tetos realizada em Guarulhos. Os timpaneiros também estarão lá, falando sobre este digníssimo brógui e sobre a revista. Ainda não sei em que salas estaremos, mas o timpaneiro Alexandro F, por certo, irá passar as coordenadas nos comments deste post. Aguardo vocês por lá. Em tempo: hoje irá começar às 20h.
COLETIVO
“O Poder Popular é um investimento de longo prazo e não adianta confundir com ‘Governo Popular’. Poder Popular é o poder dos movimentos sociais e das organizações populares, exercido diretamente, sem as intermediações e controles estatais e capitalistas. E há um caráter excludente entre as duas alternativas. Não dá para ser pelo ‘Governo Popular’ e pelo Poder Popular ao mesmo tempo”.
Trecho retirado do artigo “O velho dilema de ano eleitoral: voto ou ação direta de massas”, da edição nº 4 de O Popular, Jornal da Resistência Popular do Rio de Janeiro.
“O Poder Popular é um investimento de longo prazo e não adianta confundir com ‘Governo Popular’. Poder Popular é o poder dos movimentos sociais e das organizações populares, exercido diretamente, sem as intermediações e controles estatais e capitalistas. E há um caráter excludente entre as duas alternativas. Não dá para ser pelo ‘Governo Popular’ e pelo Poder Popular ao mesmo tempo”.
Trecho retirado do artigo “O velho dilema de ano eleitoral: voto ou ação direta de massas”, da edição nº 4 de O Popular, Jornal da Resistência Popular do Rio de Janeiro.
EMBALADO EM VINIL
Vasculhando umas pastas aleatórias de arquivos, procurando um material “perdido” do mestrado, eis que encontro o texto “Os viniilistas estão chegando”. O texto foi publicado em Sobrado, fanzine comemorativo da festa Sobrou pro vinil, ninguém mais vai chiar, organizada por Márcio Aquino Freire e Gustavo Landim Soffiati, em junho do ano passado. A festa — que contou apenas com vinis, caso isso ainda não tenha ficado bem claro — rolou no Zanzibar, casa de pagode e samba, cujas portas foram abertas para o rock’n’roll em dezembro de 2000, por conta de um festival promovido pelo enterrado site Campos Underground – atenção, Millhouse; essa é a primeira vez que falo do CaUn depois de um longo silêncio. Mas isso nem vem ao caso; o que importa é dar uma olhada no texto. Toma aí.
Os Viniilistas estão chegando
Eles estão mais próximos do que eu e você podemos imaginar. Estão rodando por aí faz tempo. Comumente taxados como mais um biotipo enfant terrible na já extensa e confusa categoria das tribos urbanas — seja lá o que isso possa significar fora dos olhos gulosos e babões de antropólogos, sociólogos e adeptos da “mudêrnidadi tardia” —, os Viniilistas trabalham com o que algum tolo mortal metido a ganhador do prêmio Nobel da sacação chamou de “Alquimia das Rotações”.
Sobre o assunto, artigos foram publicados em revistas científicas, dessas sérias, que duvidam de uma teoria 33 vezes antes de definir pela publicação. A tese, defendida por uns e caçoada por outros — como toda tese que é divulgada em uma revista científica séria — é que os Viniilistas são capazes de atingir, sem grandes esforços, outros planos de consciência & existência, simplesmente rotacionando o mundo às suas vontades. Mais precisamente, à força gravitacional de suas vontades. Esta mesma idéia argumenta que, com este processo rotacional, os Viniilistas põem abaixo o conceito de saídas — para não dizer fugas ... ops ! — tangenciais. Mesmo ao se valer de rodeios, nunca são realmente chegados a tirar o corpo fora.
Mas, ah, a futrica impera quando quem está somente na dele — ou na sua, depende do referencial e do gosto do freguês ou da freguesa ou de ambos — volta a chamar a atenção. Dizem as más línguas, viperinas, venenosas e vilipendiosas, que os Viniilistas, na verdade, não passam de ficção. Que eles são frutos ainda verdes da inventividade alucinógena — Louvado Seja Deus — de três quadrinistas. Um inglês, um brasileiro e um norte-americano. Outra versão jura de pés juntos que eles foram criados nos laboratórios instalados nas catacumbas da Igreja do Chiado do Caos. Ah, paranóia. Os Viniilistas apenas sorriem. No escuro.
E se alguém cogita em dizer para os Viniilistas que o fim está próximo — mesmo que seja desse texto —, eles simplesmente irão abrir sorrisos de quarto crescente. Máscaras de vaudeville. Do outro lado do espelho, começa a ganhar — eternamente de novo — novos contornos Samsara a morder o próprio rabo. Sem chiado.
Vasculhando umas pastas aleatórias de arquivos, procurando um material “perdido” do mestrado, eis que encontro o texto “Os viniilistas estão chegando”. O texto foi publicado em Sobrado, fanzine comemorativo da festa Sobrou pro vinil, ninguém mais vai chiar, organizada por Márcio Aquino Freire e Gustavo Landim Soffiati, em junho do ano passado. A festa — que contou apenas com vinis, caso isso ainda não tenha ficado bem claro — rolou no Zanzibar, casa de pagode e samba, cujas portas foram abertas para o rock’n’roll em dezembro de 2000, por conta de um festival promovido pelo enterrado site Campos Underground – atenção, Millhouse; essa é a primeira vez que falo do CaUn depois de um longo silêncio. Mas isso nem vem ao caso; o que importa é dar uma olhada no texto. Toma aí.
Os Viniilistas estão chegando
Eles estão mais próximos do que eu e você podemos imaginar. Estão rodando por aí faz tempo. Comumente taxados como mais um biotipo enfant terrible na já extensa e confusa categoria das tribos urbanas — seja lá o que isso possa significar fora dos olhos gulosos e babões de antropólogos, sociólogos e adeptos da “mudêrnidadi tardia” —, os Viniilistas trabalham com o que algum tolo mortal metido a ganhador do prêmio Nobel da sacação chamou de “Alquimia das Rotações”.
Sobre o assunto, artigos foram publicados em revistas científicas, dessas sérias, que duvidam de uma teoria 33 vezes antes de definir pela publicação. A tese, defendida por uns e caçoada por outros — como toda tese que é divulgada em uma revista científica séria — é que os Viniilistas são capazes de atingir, sem grandes esforços, outros planos de consciência & existência, simplesmente rotacionando o mundo às suas vontades. Mais precisamente, à força gravitacional de suas vontades. Esta mesma idéia argumenta que, com este processo rotacional, os Viniilistas põem abaixo o conceito de saídas — para não dizer fugas ... ops ! — tangenciais. Mesmo ao se valer de rodeios, nunca são realmente chegados a tirar o corpo fora.
Mas, ah, a futrica impera quando quem está somente na dele — ou na sua, depende do referencial e do gosto do freguês ou da freguesa ou de ambos — volta a chamar a atenção. Dizem as más línguas, viperinas, venenosas e vilipendiosas, que os Viniilistas, na verdade, não passam de ficção. Que eles são frutos ainda verdes da inventividade alucinógena — Louvado Seja Deus — de três quadrinistas. Um inglês, um brasileiro e um norte-americano. Outra versão jura de pés juntos que eles foram criados nos laboratórios instalados nas catacumbas da Igreja do Chiado do Caos. Ah, paranóia. Os Viniilistas apenas sorriem. No escuro.
E se alguém cogita em dizer para os Viniilistas que o fim está próximo — mesmo que seja desse texto —, eles simplesmente irão abrir sorrisos de quarto crescente. Máscaras de vaudeville. Do outro lado do espelho, começa a ganhar — eternamente de novo — novos contornos Samsara a morder o próprio rabo. Sem chiado.
RECICLAR EM TURNOS
Tímpano está se preparando para o segundo turno ? Tímpano é coletivo ? Afinal, leitores e leitoras, vocês sabem qual é a do Tímpano ? Enquanto vocês quebram a cabeça procurando essas respostas, vale dar uma checada aqui e aqui também, na proposta de reciclar um político, do pessoal que, em dezembro, vai instalar o Provos em Belo Horizonte.
Tímpano está se preparando para o segundo turno ? Tímpano é coletivo ? Afinal, leitores e leitoras, vocês sabem qual é a do Tímpano ? Enquanto vocês quebram a cabeça procurando essas respostas, vale dar uma checada aqui e aqui também, na proposta de reciclar um político, do pessoal que, em dezembro, vai instalar o Provos em Belo Horizonte.
sexta-feira, outubro 04, 2002
CADÊ ?
Uma pergunta que não quer calar: Francisco F. se manifestará neste final de semana ? Responda, Millhouse, quer dizer, Rodrigo.
Uma pergunta que não quer calar: Francisco F. se manifestará neste final de semana ? Responda, Millhouse, quer dizer, Rodrigo.
E, ao que tudo indica, o relógio deste blog agora está funcionando que é uma beleza. O mundo não é uma maravilha ?
OQUEÉOQUENÃOPODESERQUENÃOÉ
Domingão, Arnaldo Antunes no Jardim São Benedito, a partir das 11h. A desgraça consiste em acordar cedo para ir assistir.
Domingão, Arnaldo Antunes no Jardim São Benedito, a partir das 11h. A desgraça consiste em acordar cedo para ir assistir.
quinta-feira, outubro 03, 2002
OS VERMES PENSAM QUE SÃO REIS
2ª Parte – Superiores e Inferiores: uma idéia tola erguida sobre pilares meramente circunstanciais
Voltemos aos vermes. Tratarei agora de outra espécie: as traças-de-livro – que na minha sincera opinião é ainda mais abominável que a abordada anteriormente. Mas não são todos, trata-se de uma subespécie em particular.
Ah! Como se empanturram de palavras difíceis – de engolir.
Não pensem que eu não gosto de sopa de letrinhas também, muito pelo contrário, é um dos meus pratos prediletos. O problema é o que se defeca depois.
Os traças-de-livro se acreditam mais sábios que os lemas-do-campo. Não são. O que os diferenciam são as circunstâncias – chances ou oportunidades, se preferirem.
Ralph Linton, Professor de Antropologia e Diretor do Departamento de Antropologia da Universidade de Colúmbia – com PhD, não se esqueçam – afirma: “Os seres humanos, felizmente, são tão mutáveis que quase todo indivíduo normal pode ser adestrado para o adequado desempenho de quase todo papel”.
Ops! Linton é Antropólogo, o que ele entende de relações verminosíticas? Suas pesquisas, fragmentadas, dirigem-se apenas a grupos específicos, considerando-os isolados dos acontecimentos da “aldeia global” onde os caciques Saginattos fazem a festa.
Mas como estamos tratando de vermes, sabiam que uma de nossas espécies possui um comportamento exemplar; invejado pelos de outros ecossistemas? São os da classe elytum ecomomikus brazilis.
Seus méritos são dados pelo fato de não possuírem nenhum vínculo com o Ipiranga e/ou com as Margens Plácidas. Metamorfoseiam-se em borboletas, indo bater asas em outros reinos – isso depois de terem sugado todo o néctar dos nossos bosques-que-têm-mais-vida. Salve! Salve! Saudamos nossos vermes - em verde-amarelo.
Melhor parar por aqui. Esse assunto me dá vontade de vomitar – em ordem alfabética, não se preocupem. Além do mais, essas coisinhas nojentas se reproduzem mais rápido do que eu consigo digitar: a cada semestre, inúmeros laboratórios criam centenas deles. E eu tenho um banquete daqui a pouco ...
Vermes: nenhum trono dura para sempre!
2ª Parte – Superiores e Inferiores: uma idéia tola erguida sobre pilares meramente circunstanciais
Voltemos aos vermes. Tratarei agora de outra espécie: as traças-de-livro – que na minha sincera opinião é ainda mais abominável que a abordada anteriormente. Mas não são todos, trata-se de uma subespécie em particular.
Ah! Como se empanturram de palavras difíceis – de engolir.
Não pensem que eu não gosto de sopa de letrinhas também, muito pelo contrário, é um dos meus pratos prediletos. O problema é o que se defeca depois.
Os traças-de-livro se acreditam mais sábios que os lemas-do-campo. Não são. O que os diferenciam são as circunstâncias – chances ou oportunidades, se preferirem.
Ralph Linton, Professor de Antropologia e Diretor do Departamento de Antropologia da Universidade de Colúmbia – com PhD, não se esqueçam – afirma: “Os seres humanos, felizmente, são tão mutáveis que quase todo indivíduo normal pode ser adestrado para o adequado desempenho de quase todo papel”.
Ops! Linton é Antropólogo, o que ele entende de relações verminosíticas? Suas pesquisas, fragmentadas, dirigem-se apenas a grupos específicos, considerando-os isolados dos acontecimentos da “aldeia global” onde os caciques Saginattos fazem a festa.
Mas como estamos tratando de vermes, sabiam que uma de nossas espécies possui um comportamento exemplar; invejado pelos de outros ecossistemas? São os da classe elytum ecomomikus brazilis.
Seus méritos são dados pelo fato de não possuírem nenhum vínculo com o Ipiranga e/ou com as Margens Plácidas. Metamorfoseiam-se em borboletas, indo bater asas em outros reinos – isso depois de terem sugado todo o néctar dos nossos bosques-que-têm-mais-vida. Salve! Salve! Saudamos nossos vermes - em verde-amarelo.
Melhor parar por aqui. Esse assunto me dá vontade de vomitar – em ordem alfabética, não se preocupem. Além do mais, essas coisinhas nojentas se reproduzem mais rápido do que eu consigo digitar: a cada semestre, inúmeros laboratórios criam centenas deles. E eu tenho um banquete daqui a pouco ...
Vermes: nenhum trono dura para sempre!
E aqui nada...
Olhando por aí, deparei-me com uma notícia que me chamou a atenção,"...ANATEL tenta fechar a Rádio Muda em Campinas... localizada no Campus da UNICAMP, recebeu a visita da polícia federal e da ANATEL.... não conseguiram realizar seu objetivo devido as pressões exercidas pelos membros da comunidade local: estudantes, professores e funcionários da universidade..."
Então fiquei por alguns instantes ambrenhado no exercício do ócio..., a legislação para a legalização das rádios comunitárias passam - por completo - por cima do princípio da liberdade de expressão. Existem uma série de imposições... o que diz então quem quer montar uma Rádio livre nos moldes de outrora!...
Enfim..., a ANATEL e a polícia federal seguem por aí lacrando as portas das Rádios comunitárias, mas só as verdadeiras! Vejamos o exemplo em Campos: existem várias Rádios comunitárias aqui..., só no nome! Todas elas buscam o lucro e nada de social..., não há uma Rádio - efetivamente - comunitária...
E enquanto isso, as Rádios que contribuem para movimentos socias de um determinado grupo, de uma sociedade, tem suas portas lacradas!...
Olhando por aí, deparei-me com uma notícia que me chamou a atenção,"...ANATEL tenta fechar a Rádio Muda em Campinas... localizada no Campus da UNICAMP, recebeu a visita da polícia federal e da ANATEL.... não conseguiram realizar seu objetivo devido as pressões exercidas pelos membros da comunidade local: estudantes, professores e funcionários da universidade..."
Então fiquei por alguns instantes ambrenhado no exercício do ócio..., a legislação para a legalização das rádios comunitárias passam - por completo - por cima do princípio da liberdade de expressão. Existem uma série de imposições... o que diz então quem quer montar uma Rádio livre nos moldes de outrora!...
Enfim..., a ANATEL e a polícia federal seguem por aí lacrando as portas das Rádios comunitárias, mas só as verdadeiras! Vejamos o exemplo em Campos: existem várias Rádios comunitárias aqui..., só no nome! Todas elas buscam o lucro e nada de social..., não há uma Rádio - efetivamente - comunitária...
E enquanto isso, as Rádios que contribuem para movimentos socias de um determinado grupo, de uma sociedade, tem suas portas lacradas!...
terça-feira, outubro 01, 2002
COTOCO MOLA
Amanheceu com uma mensagem estampada na mão. A direita. Um garrancho carimbado em uma linha de texto. Era algo que não conseguia compreender. Não os motivos do surgimento da mensagem, mas o que estava escrito ali. Jancrôudi era um sujeito moralmente condenável. Mutante paralelo, não raciocinava de maneira linear e tinha interesse mórbido por aditivos. Vamos supor que um dia os dicionários pirassem. Jãcroudi estaria por perto, para verificar o que alimentava o enunciado. Tangentes eram seu objeto de estudo. Jãcroudy esfregou os olhos para tentar entender o que tinha na mão. Na verdade, esfregou apenas o olho direito, pois havia perdido o outro ao apostar em uma corrida entre uma centrifugadora e uma batedeira. Ainda assim, não deu para entender patavinas daquele texto, situado entre a linha de vida e do amor. Não que Jãcroudi tivesse um ou outro propriamente, mas as linhas, ao menos, estavam lá. Esfregou o polegar na tinta, mas a mensagem não se apagou, embora o dedo tenha ficado verde. Pegou a lista telefônica e procurou por um especialista. O único que Jankroudi encontrou foi a minha pessoa. Quase num rodapé ímpar das páginas amarelas. Estendeu a mão em cumprimento, mostrando o garrancho carimbado, esperando que eu tivesse a solução. Meu diagnóstico foi imediato, até mesmo para um mutante paralelo do porte de Jãkrôudi. Cortei fora aquela mão tingida e a empalhei, numa tarde de terça-feira. Hoje, nos dias mais frios, uso a mão decepada para coçar minhas costas, enquanto fico perto do fogão.
Amanheceu com uma mensagem estampada na mão. A direita. Um garrancho carimbado em uma linha de texto. Era algo que não conseguia compreender. Não os motivos do surgimento da mensagem, mas o que estava escrito ali. Jancrôudi era um sujeito moralmente condenável. Mutante paralelo, não raciocinava de maneira linear e tinha interesse mórbido por aditivos. Vamos supor que um dia os dicionários pirassem. Jãcroudi estaria por perto, para verificar o que alimentava o enunciado. Tangentes eram seu objeto de estudo. Jãcroudy esfregou os olhos para tentar entender o que tinha na mão. Na verdade, esfregou apenas o olho direito, pois havia perdido o outro ao apostar em uma corrida entre uma centrifugadora e uma batedeira. Ainda assim, não deu para entender patavinas daquele texto, situado entre a linha de vida e do amor. Não que Jãcroudi tivesse um ou outro propriamente, mas as linhas, ao menos, estavam lá. Esfregou o polegar na tinta, mas a mensagem não se apagou, embora o dedo tenha ficado verde. Pegou a lista telefônica e procurou por um especialista. O único que Jankroudi encontrou foi a minha pessoa. Quase num rodapé ímpar das páginas amarelas. Estendeu a mão em cumprimento, mostrando o garrancho carimbado, esperando que eu tivesse a solução. Meu diagnóstico foi imediato, até mesmo para um mutante paralelo do porte de Jãkrôudi. Cortei fora aquela mão tingida e a empalhei, numa tarde de terça-feira. Hoje, nos dias mais frios, uso a mão decepada para coçar minhas costas, enquanto fico perto do fogão.
20 ANOS NO AR
O timpaneiro que vos digita convoca: amanhã, dia 2, os Avyadores do Brazyl irão comemorar 20 anos de carreira naquele bar que um dia se chamou Bicho André - reafirmo: Campos é a única cidade que eu conheço que tem um bar com crise de identidade. O show está marcado para começar às 22h, mas quem é que acredita nisso ? E quais timpaneiros irão até lá ? E quem irá descolar uma máquina fotográfica, para que possamos pegar pessoas desprevenidas em atividades comprometedoras ?
O timpaneiro que vos digita convoca: amanhã, dia 2, os Avyadores do Brazyl irão comemorar 20 anos de carreira naquele bar que um dia se chamou Bicho André - reafirmo: Campos é a única cidade que eu conheço que tem um bar com crise de identidade. O show está marcado para começar às 22h, mas quem é que acredita nisso ? E quais timpaneiros irão até lá ? E quem irá descolar uma máquina fotográfica, para que possamos pegar pessoas desprevenidas em atividades comprometedoras ?
Companheiros timpaneiros...,estive rodando pela net...e encontrei um endereço
por demais engraçado!!!É uma página sobre política, não...,não é bem sobre política...
na verdade eles estão sacaneando um dos candidatos a governador do rio...Bah!!!!!!!sei lá
deem uma olhada e tirem suas conclusões!!!!!!!!!
Rosinha Não
por demais engraçado!!!É uma página sobre política, não...,não é bem sobre política...
na verdade eles estão sacaneando um dos candidatos a governador do rio...Bah!!!!!!!sei lá
deem uma olhada e tirem suas conclusões!!!!!!!!!
Rosinha Não
LIBERTÁRIOS
Estive revendo os vídeos produzidos pelo Centro de Mídia Independente sobre as manifestações contrárias à Alca e sobre a ocupação Anita Garibaldi - timpaneiros, que tal se realizássemos uma exibição destes vídeos do CMI ? Daí me lembrei que faz um certo tempo que não acessava o Centro de Contrainformação e Material Anarquista. Nesse site, além de conhecer um pouco mais sobre a história do anarquismo, é possível fazer download de obras libertárias e ter informações sobre grupos de ação direta, além de produzir matérias próprias. Outra boa pedida para conhecer análises libertárias é o site da revista Ruptura, que conta ainda com o informativo Causa do Povo. E, em tempos de proximidade da eleição, torna-se ainda mais pertinente ler artigos como esse: a função do voto na anulação da capacidade política.
Estive revendo os vídeos produzidos pelo Centro de Mídia Independente sobre as manifestações contrárias à Alca e sobre a ocupação Anita Garibaldi - timpaneiros, que tal se realizássemos uma exibição destes vídeos do CMI ? Daí me lembrei que faz um certo tempo que não acessava o Centro de Contrainformação e Material Anarquista. Nesse site, além de conhecer um pouco mais sobre a história do anarquismo, é possível fazer download de obras libertárias e ter informações sobre grupos de ação direta, além de produzir matérias próprias. Outra boa pedida para conhecer análises libertárias é o site da revista Ruptura, que conta ainda com o informativo Causa do Povo. E, em tempos de proximidade da eleição, torna-se ainda mais pertinente ler artigos como esse: a função do voto na anulação da capacidade política.