sexta-feira, novembro 29, 2002

SPACE GHOST RULES !
Prato cheio para quem gosta de desenhos animados e seriados antigos neste final de semana no Sesc. Sábado e domingo, das 10 às 19h, irá acontecer a I Mostra De Volta ao Túnel do Tempo. Será exibida uma pacoteira dos anos 60, 70 e 80, com especial atenção para Space Ghost, Robô Gigante, Dinamo Boy, Phantomas, Terra de Gigantes e Perdidos no Espaço. Ficou faltando apenas o Hoooooomem Páááááááássaro !

quinta-feira, novembro 28, 2002

aos "blogueiros" da região norte-fluminense:
convidamos "blogueiros" - na falta de outro termo - da região norte-fluminense a deixarem registrado aqui nos "comentários", e-endereço e uma breve descrição do que se trata, a fim de termos registro - só um mapinha, na verdade - dos blogs da região. (E quem souber de outros blogs, deixe registrado aqui também.)

quarta-feira, novembro 27, 2002

Para os Que Estão em Campos( Ou Vão Estar...)

Fim de semana gordo em Campos: Sábado, às 18h (Ou será 17h, como anunciado?), no Jardim do Liceu, teremos show de Dominghuinhos, no Projeto Jardim in Concert. Domingo, Zé Ramalho, às 11h, no Jardim São Benedito, pelo Projeto Viva Melhor Viva Música.
Fica dado o recado.

sexta-feira, novembro 22, 2002

EU VOU ALI AVALIAR
Cansado, mas satisfeito e até um tanto quanto impressionado. Ontem, fui convocado de surpresa para compor a banca de avaliação dos projetos experimentais dos formandos em Jornalismo da Faculdade de Filosofia de Campos. Como substituto. Uma professora que viria do RJ teve um problema por lá, algo como uma torção de pé, e o coringa dessa história é esse que vos digita. Além das monografias, os doze grupos têm que apresentar um spot de rádio, um jornal impresso e um vídeo. Este jornalista malaco gostou muito de alguns produtos editoriais que viu por lá — tanto em [argh !] forma quanto em conteúdo. E isso me fez encarar uma certa evolução que ocorreu no curso: em 97, ano em que eu me formei nesta faculdade, não tínhamos que passar pela mesma experiência. Era uma monografia ou a execução de um produto editorial. E não é que o pessoal está se saindo bem ao dar conta dos trabalhos ?
Hoje eu repito a dose, também avaliando os outros seis grupos, a partir das 18h – supostamente –, no mini-auditório. Apareçam lá. Esta é uma experiência bacana. Ao fim disso tudo, se eu sobreviver, venho aqui falar pormenorizadamente sobre alguns trabalhos que merecem a consideração dos timpaneiros.
WE WANT THE AIRWAVES
Mais uma edição da revista [mão única ?] está no ar. Neste número, uma entrevista bonita com Laerte, sobre a revista em quadrinhos que irá lançar, hiperatividade e mercado editorial. Também marcam presença os irmãos e irmãs em armas Augusto Salles, Daniela Sigaud, Andréa Del Fuego, Jules Rimet, Alexandre Inagaki, Katherine Funke, Wellington Cordeiro e Gerson Dudus. Dê uma conferida. Eu e Fábio Fernandes, como bons co-editores, exigimos ali sua presença.

terça-feira, novembro 19, 2002

ENTRANDO HOJE PARA A POSTERIDADE
Mudança, moçada ! A tão aguardada foto coletiva dos timpaneiros proclamada para amanhã, foi transferida para hoje, às 16 horas, no mesmo local. Então, os interessados em participar deste evento épico devem correr !

segunda-feira, novembro 18, 2002

"Millhouses Cabeludos Espalhados pelos Quatro Cantos do Mundo"

Acabei de vir de Ouro Preto, onde participei do V ENAst (Encontro Nacional de Astronomia Amadora). Num passeio cultural, conheci uma pessoa chamada Lucas, alcunha Milhouse. Um clone quase perfeito do Milhouse daqui.

O contêiner está aberto...

ENTRANDO PRA POSTERIDADE
Cansado da mesma vidinha mais ou menos, figureta ? Quer entrar, em definitivo, para o hall da fama ? Então eis aqui a sua oportunidade imperdivel !!! Na próxima quarta-feira, dia 20 de novembro, a partir das 18 horas, compareça ao prédio da reitoria da Uenf ! Nesse local e nesse horário, os timpaneiros irão promover um evento histórico: a sua primeira foto coletiva, para ser colocada logo ali, naquela parte do "quem somos ?". A tão prometida e esperada foto onde todos os timpaneiros irão aparecer - isso se Thiago Kherzer não for novamente tragado pela Terra, rumo ao País das Maravilhas. Comparecendo ao local nessa fatídica data, você ainda poderá ter a oportunidade de ficar bem na foto com a gente ! E é oportunidade única mesmo: nem mesmo o Mestre dos Magos sabe quando iremos fazer isso de novo ...
That's it: today your love, tomorrow the world. E o resto a gente chuta.

quarta-feira, novembro 13, 2002

A tentativa de um timpaneiro cobrir o show do Rush
1ª parte: Em busca do ingresso sagrado

Aproveitando que sou fã, resolvi fazer a cobertura do show do Rush, que será realizado no maracanã dia 23 de novembro deste decorrente ano..., mas que fique claro, estou indo com intuitos profissionais, não é só porque sou fã que estou indo para me divertir! Hehe...
Então..., neste fim-de-semana (sábado,09/11/02) acordei às 06:00h da manhã e fui para o Rio de Janeiro comprar o ingresso, quer dizer, rever alguns amigos e aproveitar para comprar o ingresso... Assim, chegando lá telefonei pro Bruno, um amigo que estudou comigo no cefet-campos e morou na mesma república que eu – ele atendia por B.Rocha –. Depois de alguns desencontros, nos encontramos – para isso foram necessários três cartões de quarenta unidades – e fomos para sua casa.
Chegando lá encontrei com seu irmão, Rodrigo, que também é meu amigo...Só que achei estranho a forma que ele me cumprimentou, foi de maneira bastante hostil, porém ficou tudo às claras – depois de algumas horas de bate-papo – Rodrigo confesso-me ter ficado receoso por achar que eu tinha “virado grunje”, devido a minha aparência, principalmente meu cabelo... Depois de alguns “vá se fuder”, ele percebeu o seu engano!
Mas voltando ao ideal de comprar o tal ingresso..., nós fomos à praia – Ipanema – e eu esqueci que queria comprar o ingresso para o show do Rush, lembrando na volta. Mas fomos ao Garage, espaço underground bastante conhecido do Rio, aquele ali do lado da Vila Mimosa, e eu resolvi deixar a compra para p domingo.
Acordei no domingo às 09:00h – mesmo tendo chegado às 03:30h em casa, quer dizer na casa do Bruno – e telefonei para uma grande amiga que eu não via a cinco anos, a Marcela..., combinei de ir até sua casa.
Fui até o Irajá, bairro onde ela mora..., ficamos relembrando um monte coisas boas, até que resolvemos ir comprar o bendito ingresso para o show do Rush... Nós estávamos tão entretidos relembrando coisas e conversando sobre novidades, que não percebemos que pegamos o ônibus do lado errado da rua, quando fomos perceber até dava para descer, atravessar a passarela do metrô e pegar o maldito do outro lado, mas ambos olharam um pro outro e disseram: - Faz maior tempão que não vou à Pavuna... Chegamos ao ponto final da Pavuna e Marcela disse, “deixa comigo”, e começou a conversar com a fiscal da empresa do ônibus, como ela tem atuações em atividades teatrais, três anos de estudos na arte, e trabalhou vendendo pacotes de viagens numa agência de viagens..., não foi nada difícil convencer a tal fiscal de voltarmos sem pagar passagem...
Então..., conseguimos chegar ao Norteshoping, o lugar mais próximo – de onde eu estava – a ter uma Music Store (loja de cd que está vendendo ingresso para o show do Rush). Demos algumas voltas, para Marcela comprar um refrigerante..., fato bastante curioso, foi que quase todos os estabelecimentos não tinham condições de trocar uma nota de 10 reais...
Depois de algumas andanças e mais papos, chegamos na Music Store, avistei uma vendedora e fui ao seu encalço...
- Quero um ingresso para o show do Rush..., por favor!
- Sim nós temos..., mas o sistema está fora do ar e não fazemos idéia de quando irá voltar.
Marcela me deu a idéia de darmos mais uma volta e ver depois se sistema voltou ao ar.
Nessa nova andança, encontrei Leonardo (Abelha), outro companheiro de cefet, o que me deixou surpreso, pois o Norteshoping é bastante grande.
Voltando na Loja, o sistema continuava fora doar, e resolvemos ir embora...Ainda dentro do shoping, encontrei com Bruno (B.Rocha) e Juliana (também companheira de cefet), que hoje estuda Direito na UERJ.
Quando anunciei que teria de ir embora, voltar para Campos – já na casa da Marcela – ela me alertou para eu deixar dinheiro com ela, com o propósito dela comprar o sofismado ingresso e pra eu pegá-lo na sexta-feira (22/11/02) antes do show, com ela.
E como eu não tinha trocado, voltei para Campos devendo-lhe 10 reais...
Há..., tenho que telefonar para Marcela, pra ela me dizer onde guardou o ingresso, se não ela esquece...

Continua depois do Show

Alexandro F.






segunda-feira, novembro 11, 2002

Os Simpsons fazem a História do Rock!

Que os Simpsons são a família mais rock n' roll da TV, ninguém duvidava...









Engraçado é que na versão final da capa, o Bart foi circunsisado (detalhe).
Pra quê Serve a Ciência?

Uma coisa que eu não consigo entender e que me irritam profundamente é como as pessoas se deixam levar por conclusões tolas, infundadas e mesmo sem lógica. As pessoas acreditam que xampú com DNA vegetal ou ceramidas ou qualquer outra coisa vá resolver seus problemas, sem parar para pensar que talvez sejam outras substâncias presentes neste xampu, como detergentes, que interfiram nas cargas elétricas do cabelo (que é um tecido morto, portanto não precisa de nutrição, como muito fabricante de cosméticos gosta de anunciar) e conseqüentemente sejam as responsáveis pelo efeito esperado. Acreditam que se a barriga de uma gestante apontar para determinado lado, pode-se prever o sexo da criança (Imagino que a criança seja assexuada se estiver apontada para a frente...). Não param para pensar nas conseqüências de uma dieta mal elaborada, que dependendo, só vai afetar o metabolismo de tal modo que ao retornar aos velhos hábitos alimentares, haverá aumento de peso. Não conseguem analisar as verdadeiras conseqüências da presença de alimentos transgênicos em nossa sociedade. Transgênicos, e não alimentos geneticamente modificados, que já comemos desde que nascemos. Além disso, sempre comemos DNA vegetal e animal e nem por isso criamos cascos ou galhos. Essas e outras crenças baseadas numa pseudo ciência fazem parte do nosso dia-a-dia. Além disso, houve uma ascensão de toda uma crença esotérica, que traz de volta toda uma série de valores que haviam sido enterradas pela Ciência.

Vivemos à sombra do século vinte, o verdadeiro século das luzes, terrível e maravilhoso ao mesmo tempo, em função das descobertas científicas, que mudaram a face da humanidade. É necessário notar que houve a preocupação, por parte de alguns cientistas, como Isaac Asimov, Stephen Jay Gold, Stephen Hawkins, Richard Dawkins, Rupert Sheldrake , Paul Davies, Oliver Sacks, e o mais célebre dos divulgadores científicos, Carl Sagan (Seu "O Mundo Assombrado pelos Demônios" é uma célebre declaração a essa toda ignorância científica que ocorreu no final do século 20), de simplificar a linguagem cientifica, outrora hermética e fechada para um gueto, de modo que o pobre mortal leigo soubesse o que estava sendo feito pela Ciência, pudesse entender melhor o mundo em que vivia, cultivando o interesse para as ciências, de modo a mostrar que esta não era uma ferramenta inútil, pelo contrário: Toda a vida moderna estava baseada nas descobertas do passado, que estavam sendo usadas para moldar o presente e o futuro, melhorando vários aspectos da vida humana, melhorando a tecnologia, erradicando doenças, e mesmo num mundo cada vez mais corporativado, um modo de tentar dissolver as diferenças sociais na nossa sociedade. E mesmo assim as pessoas insistem em manter certas crenças infundadas.

No Brasil, pelo que posso observar, apesar da existência de várias fontes na internet, em bancas, entre outras, ainda não há a tradição de ensinar ciências nas escolas primárias e mesmo secundárias. Há a noção de que cientistas são um bando de ateus que mantêm linhas de pesquisa sem utilidade nenhuma, gastando dinheiro público nisso (considerando os cortes constantes de verbas destinadas à ciência no país, acho que alguns políticos podem ser incluídos nessa categoria). O contrário ocorre na Europa e EUA, onde há o interesse em saber onde o dinheiro está sendo gasto. Há também o incentivo de futuros cientistas logo na escola elementar. Alguns cientistas são verdadeiros astros pop, principalmente os divulgadores científicos. Mas mesmo nessas sociedades o fantasma da ignorância mostra as suas caras, como se pode ver pelo recente escândalo dos transgênicos e o velho dilema do Criacionismo.

A ignorância está tão infundada na nossa cultura que dá a cara até aonde não deveria: Numa novela recente, uma advogada declarou que um clone era filho de sua "mãe de aluguel", uma vez, que por esta ter doado os óvulos, este teria herdado uma única célula dela, a mitocôndria, que ficava no plasma. Como qualquer aluno de segunda série deveria saber, mitocôndria é uma organela responsável pela oxidação alimentar para fornecer energia ao organismo e está presente no citoplasma das células, desde de bactérias a animais. SE a autora tivesse ido um pouco mais adiante, acessado a internet e consultado o google, ela poderia ter achado vários artigos científicos (e até mesmo páginas abordando o tema de uma forma simplificada) explicando sobre a teoria de Eva mitocondriana e herança mitocondriana durante a fecundação. É a Rede Globo mostrando como não se deve ensinar Ciências...
VERGONHA, VERGONHA, VERGONHA!!!
Há muito estou com um grito entalado e como não estou afim de explodir, peço licença para gritar para o mundo inteiro -- ou ao menos aos que acessam o blog -- e dane-se -- repito: DANEM-SE -- se não estou sendo pragmática.

Pessoas: prestem atenção aos que estão à sua volta!!! Importem-se uns com os outros!!! Se você tem casa, comida, seus pais recebem seus salários todos os meses no dia certo -- e o pior é que ainda tem gente que reclama porque a empregada não fez o seu suco da forma que queria ou não tem aquela bolsa que vai combinar com aquela sandália...-- vocês são privilegiados. O mundo está com fome, com sede - e lembrem-se, a gente não quer só comida! -- e, no entanto cada um parece preocupar-se apenas com seu umbigo, ou então com qual roupa vai à porcaria de festa cujo preço do ingresso daria jantar a família de três filhos!

Ora, há tempos que quero dizer isto. No entanto, o motivo do post é falar sobre uma categoria da Universidade Estadual do Norte Fluminense, cujo devido valor não é atribuído. Ou seja, os funcionários da limpeza e da segurança da Universidade. Estes, há poucos meses atrás fizeram greve por conta de atraso salarial de três meses. Foram diretamente a governadora do Estado do Rio de Janeiro, receberam, aos poucos, os atrasados antes das eleições. Com algum acordo firmado voltaram a trabalhar - ora, qual alternativa resta, senão a de contentar-se com promessas, num mundo onde o monstro desemprego faz calar cobranças pelos próprios direitos?

Domingo, (dia 10 deste mês) completariam 60 dias que não vêem a cor dos salários. Muitos contam que estão endividados e sobrevivendo com apoio de amigos. Há casos graves em que marido e mulher trabalham juntos na Universidade, sem nenhuma outra fonte de renda adicional. A empresa para qual trabalham é terceirizada -- ou “quarteirizada” já que esta presta serviço para a prefeitura de Campos do Goytacazes que presta serviço para a UENF.

Segundo depoimentos da supervisora destes funcionários –- pois os próprios sequer sabem informações a respeito da situação -- o dinheiro para pagamento já foi liberando pelo governo do estado; só faltam alguns papéis serem assinados. (pra quê tanto papel, me pergunto? A burrocratização ainda não descobriu que o estômago de um homo sappiens não sintetiza celulose.)
O dinheiro -- de apenas um dos dois meses atrasados -- sairia hoje.
(Desculpem-me, mas no momento, visto que nós universitários e cia. somos uma pérolas, ou seja, nos comportamos tal como estivéssemos dentro duma ostra, não possuo maiores detalhes técnicos.)

Pergunto: para onde estão indo os recursos dos impostos -- pago por todos vocês que vão ao shopping center sábado à tarde -- e/ou os royalties do petróleo -- ora, a Bacia de Campos dos Goytacazes é ou não é um coringa na podrução de petróleo?

Enquanto isso ... do outro lado da Universidade ...
Professores, com seus salários de doutores -- o que é mais do que justo, visto que verdadeiros professores devem ser por demais valorizados (digo verdadeiro porque na minha opinião a maioria dos professores da atualidade não vale nem a meia do pé esquerdo que usam) -- e alunos que vão para a escola com o carro do ano comprado com o dinheiro -- não-suado -- do pai, dirigem-se às salas de aula para tomarem lições de como manter o status quo.

(Desculpem-me pelo desabafo, leitores do Tímpano, pois fico feliz em saber que tais figuras não se enquadram nas descrições acima.)

sexta-feira, novembro 08, 2002

F.
Hoje está um dia Francisco F. Só por causa disso: nhaaaaaackkkk !
MALACOS ON-LINE DE MACAÉ
Checando meus arquivos, eis que me deparo com o endereço do site AlterFanNativo, produzido em Macaé. Confira os trabalhos de Mauro César, o realizador da façanha, e de outras figuras como Henry e Maria Jaepelt, Fábio Fernandes e Lupin.
THIS IS A SONG OF A HURRICANE
Poucas vezes me disponho a parar em frente à televisão para assistir algo. Na última terça-feira, ocorreu um destes lapsos, por conta da exibição de "O Furacão", com Denzel Washington, no SBT. Não havia visto ainda este filme sobre a história do pugiliista negro Rubin "Hurricane" Carter, que foi perseguido a vida inteira por um policial racista e, quando estava em plena ascensão em sua carreira, foi catado por uma trama que o incriminou. Tudo armado para condená-lo a prisão perpétua, lá pelos anos 60. Pessoas de renome tentaram ajudar Hurricane, como Bob Dylan, mas somente uma moçada do Canadá teve ânimo para levar o caso até o fim. Histórias como essa do Hurricane são importantes pra mim. Mas, por que estou tocando nesse assunto mesmo ? Ah, sim ... Lembrei de uma conversa que eu, Ébano e Millhouse tivemos certa vez, não faz muito tempo. Comentávamos sobre rap e influência afro na região norte-fluminense - essa aqui que habitamos ... he he he -, e Ébano disse que havia perdido contato com as raízes africanas. Isso me deixou um tanto bolado, mas fiquei quieto na hora. Seria bacana poder recuperar um tanto da memória cultural afro da região como, por exemplo, o jongo e a mana chica. Acredito que, para começar, assim como fez o Mangue, em Recife, poderíamos fazer uma mistura desses ritmos com música eletrônica e rock'n'roll, com uma sonoridade malaca que somente Campos pode marcar. Algo que juntasse jongo com jungle, por exemplo; um jongle ...
Talvez esta seja uma missão para TÍMPANO.
ENCONTRÃO COM A PAREDE
Sim, moçada ! Amanhã, durante o show de Pedro Luís e a Parede, os timpaneiros irão se encontrar com uma rapaziada esperta, como os amigos do ehnosso, para ouvir um bom batuque e trocar umas idéias. Se você, caro leitor, cara leitora, estiver amanhã no Jardim do Liceu, a partir das 17hs, aproveite para conhecer a gente. Acredito que não será muito difícil reconhecer a gente no meio da multidão - vide os exemplos de alguns posts abaixo. E não se espante se um de nós, por acaso, acabar subindo no palco (?). Somos todos pessoas de fino trato. E não se esqueçam: eu sou o cara de bigode, cavanhaque e costeletas, dono de um incrível e irresistível charme - para manter as pessoas afastadas.
Só vai faltar aparecer por lá Jules Rimet, o malaco que ninguém vê.

quinta-feira, novembro 07, 2002

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VACINA DE DNA SERÁ TESTADA CONTRA CÂNCER NO BRASIL


Uma vacina gênica (ou de DNA) desenvolvida na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto para combater a tuberculose será aplicada, dentro de três meses, em um grupo restrito de pessoas com câncer de cabeça e pescoço que não respondem mais a qualquer outro tratamento. Em laboratório, a vacina se mostrou eficaz também contra leishmaniose, alguns tipos de doenças reumáticas e tuberculose bovina.

Coordenada pelo professor Célio Lopes Silva, uma equipe de pesquisadores desenvolveu, em 1990, a vacina gênica contra a tuberculose. Foi tomado um pedaço de DNA (o código genético que contém a mensagem para a célula fazer o antígeno) e inserido num retrovírus fabricado em laboratório pelas técnicas de engenharia genética. A vacina de DNA é baseada num pedaço do código genético do agente causador da doença.

Segundo reportagem publicada na Revista da Fapesp de novembro, nessa nova fase a vacina de DNA será aplicada também contra o câncer. Com a execução aprovada pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), os pesquisadores pretendem avaliar se o composto tem efeitos tóxicos, ainda não verificados em animais de laboratório, qual é a melhor dosagem e se realmente ela pode conter o avanço dos tumores.

Os resultados devem surgir seis meses depois dos primeiros testes e podem viabilizar um novo tratamento para o câncer, com menos efeitos indesejados que a quimio e radioterapia.

Em outros países têm sido feitos testes de vacinas gênicas contra Aids, hepatite e malária, além de vários tipos de câncer. Segundo Kald Ali Abdallah, pesquisador da Faculdade de Medicina da USP em São Paulo e um dos coordenadores do teste, não há relatos de reações adversas graves, apenas febre moderada e inchaço no local da aplicação.

Rádios Comunitárias...

Neste último dia 5 (nov.), um dia após a audiência pública sobre o fechamento de rádios comunitárias acontecido nos últimos meses, realizada pelo ministério público, dois representantes da ANATEL e mais 16 homens da PF fortemente armados, invadiram a rádio Alvorecer FM, de Alvorada - RS, apreenderamos equipamentos da rádio, de maneira completamente autoritária e fora da lei... Algum companheiro timpaneiro poderia aproveitar o fato - as rádios comunitárias querem autorgas - e escrever algo a respeito e também falar sobre as rádios comunitárias em campos..., escrever para o Timpano(revista)

quarta-feira, novembro 06, 2002

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
Lá em Vórtex Você, Millhouse está fazendo uma figuração. Confira a primeira de uma série e tome cuidado. Os nerds slow motion vão sair dos contêineres a qualquer momento.

segunda-feira, novembro 04, 2002

VERSÃO BRASILEIRA

Nesta sexta ocorreu, no SESC-Campos, como parte do projeto “Arte na Tribo”, o show da banda Versão Brasileira, especializada em pop rock. A princípio, pelo nome da banda, achei que fossem tocar somente sucessos de bandas nacionais, especialmente músicas dos saudosos anos 80, período de ouro do pop rock nacional. Ledo engano. A banda começou já com Tihuana, "Que Vês", de longe um dos piores produtos do rock brasileiro atual. Pensei: Já vi tudo. Por sorte, eu me enganei. Melhorou um pouco com a segunda música, "Que País é este", da saudosa Legião Urbana. Continuou com outros sucessos mais atuais, como o Rappa ("Minha Alma"). O público, composto principalmente por metaleiros, começou a se dividir entre pessoas que estavam gostando do show e pessoas que não estavam.
O que animou um pouco a galerinha Heavy foi a próxima música, “Um Lugar ao Sol", do Charles Brown Jr. (Curiosidade: Eles pediram permissão ao Schultz pelo uso do nome?). O pessoal que estava pogando se animou ainda, para espanto do vocalista, que declarou nunca ter tocado para um público que ouvisse suas músicas pulando. Talvez as pessoas aonde eles normalmente tocam acompanhem chacoalhando as jóias...

O show continuou com "Pescador de Ilusões" (é impressão minha ou a banda tem uma certa paixão por Rappa? Bem que podiam ter tocado "Candidato Caô Caô”...). O público metaleiro, um pouco insatisfeito com o show, começa a debandar. Antes de sair, um deles, numa atitude malcriada, levanta o dedo médio para a banda.
O rock anos 80 teve mais uma figura representativa no show, na forma de "Camila, Camila", do Nenhum de Nós. Parte do público acompanha a banda, outra grita, vaia, xinga. Alguns, liderados por uma menina, no fundão, pogam como se nada tivesse acontecendo.

Mais tarde, na socialização ao final do show, fiquei sabendo que neste momento a banda iria tocar "Carla", do indefectível LSJack. Numa atitude inteligente, dado o clima da noite, eles decidiram abortar esta música do repertório.
O show continuou com mais Rappa, rapá. "Vapor Barato", seguida novamente de vaias e corinhos.

Logo após, mais 80s: "Carta aos Missionários", do Uns e Outros, acompanhada pelo ponto máximo da noite, "Wherever You Will Go", do The Calling. Porque Ponto máximo? Bem, foi o momento onde a manifestação dos metaleiros insatisfeitos presentes foi mais violenta. Não, não houve quebra-quebra, como muitos acharam que poderia acontecer. Somente dedos médios levantados em conjunto e vaias. Muitas vaias. E a menina do fundão? Nem aí. Continuava pogando como se nada tivesse acontecendo. Rodrigo apostou que se tivessem tocando valsa, ela e seus comandados continuariam na mesma.

Engraçado que a galera foi acalmada com "Sacrifice", também baladinha do Creed, banda que na opinião deste que vos escreve nada ou pouco tem de diferente do The Calling. Como diria o comercial da Sprite, imagem é tudo.

A seção Rappa continuou com "A Feira". Mais um sucesso atual foi ouvido, desta vez a música foi "À sua Maneira", mais recente hit do Capital Inicial. Para encerrar a noite, "O Calibre", numa declarada e apaixonada homenagem ao recém recuperado Herbert Vianna.

Balanço da noite? Muito simples. Médio. Por um lado uma banda tecnicamente boa, de outro um público composto por amantes de BRock e pop rock e metaleiros reacionários. Até agora não entendo o que eles (os amantes do metal) queriam. No cartaz dizia Pop-rock. O que quer dizer Pop rock, ainda mais tocado por uma banda chamada Versão Brasileira? Uma noite de Metallica, Iron Maiden, System of a Down ou Nirvana, na melhor das hipóteses, Sepultura? Se for, preciso aprender a ler nas entrelinhas. Sinceramente, temos que ver o SESC como um espaço para todas as tribos, como sugere o título do projeto, e não apenas para bandas de metal. Se não puderem valorizar, por favor, fiquem em casa. Só falta agora pedirem que a próxima banda, um quarteto de saxofones, toque Cannibal Corpse...


QUANDO BLOGS SE CHOCAM...

Um momento histórico para a história... Do nosso Blog. Após o show, houve um encontro descontraído com nossos irmãos de bits, ManaLaura e Meleu (EhNosso). Bate-papo da melhor qualidade, brincadeirinhas infantis (aboleta? Acho que é esse o nome daquela brincadeirinha de bater palmas, embora o padrão seguido e os versinhos me fossem estranhos), discussões importantes (Um certo timpaneiro é Uni ou Diana? Alguém concluiu que Uni não pode ser pois ele não nada de quatro...). Troca de idéias e tudo o mais. Em seguida, fomos ao Terapia’s Bar, aonde a galera sempre vai cultivar um bom papo regado a cerveja e guaraná, como foi o caso de alguns. Blogs envolvidos? O Tímpano, é claro, na figura de Jorge (Representante também dos Blogs Mão Única e Vórtex Você), este que vos digita, Rodrigo Millhouse e Quésia. Faltou mesmo o timpaneiro Alexandre (que também mantém o blog Margem Direita), para completar os blogs da noite. Lorena Alves, dona de lindos versos que um dia serão publicados no Tímpano, também estava presente. A conversa ficou mais rica com a chegada de Ébano, Mariangelah e Mariana (Que em certo momento da noite revelou também ter um blog, o ^ApEnAs^Um^AbRaCiNhO^).

Primeiro momento meigo da noite: Ébano e Millhouse compartilhando fones para ouvir Clássicos Eternos. Ah, se houvesse uma câmera na hora! Num momento, altas revelações, ManaLaura conta um causo, que vai ficar para sempre na mitologia do Tímpano, onde o seu computador dá pau após ela recitar alguns versos satânicos por orientação do Jorge Rocha (No Post “JB Exú”). Os espíritos estão furiosos!

Após isso, proseguimos para o “Antigo Bicho André”, sobrenome do bar mutante daqui de Campos, para assistirmos o show da Banda Terceiro Grau. No caminho, paramos no Pelincão para as meninas irem ao banheiro (alguns meninos também, aproveitando o momento) e darmos carona para outras meninas. Para tal, enfrentamos um porteiro bêbado. No caminho, as “crianças” andavam cantando e dançando passinhos ensaiados, como se tivessem participando da regravação de “O Mágico de Oz”. Bizzarro! Rolou até musiquinha de He-Man (“O Bem vence o Mal/Afasta o temporal...”).

No final, ficou a galera jogando conversa fora na frente do Antigo Bicho André, olhando o movimento e o tempo passar.

Apenas outra noite de sexta (Se bem que já era sábado, se bem que isso não conta. Ou conta?)...

domingo, novembro 03, 2002

F.
Fim de semana atípico. Francisco F. e as Idéias Perigosas manifestaram-se no sábado e no domingo. Temei, mortais.
[dialógo insólito captado após audição seletiva:
- qual é o efeito que vocês esperam provocar ?
segundos de silêncio na sala.
- nojo.
- então vocês estão no caminho certo]
OK, ISTO É UM POST PESSOAL (PERO NO MUCHO)
Sexta-feira passada estava sendo meio morrinha. Pouca vontade de sair de casa à noite, poucas perspectivas de que eu aparecesse pelas baladas locais já conhecidas e/ou habituais – se bem que falar em hábitos quando eu estou envolvido é relativo ... Mas um convite de um mano véio — principalmente quando este se formou comigo na faculdade de Comunicação Social, na Fafic, em 97 — para assistir ao show de sua banda é algo que não costumo recusar. No caso, o convite foi de Carlos Antonio, baterista da banda Versão Brasileira – ô nome mais anos 80 ! —, para conferir a primeira apresentação deles no Sesc. Mas a tarefa de comentar este show vai ficar para outro timpaneiro. O que eu quero falar é sobre o que veio depois dessa função, enquanto a moçada fazia hora pra seguir até aquele bar que não ousa dizer seu nome pra ver o show da Terceiro Grau — que eu também não irei comentar. Quero falar sobre as zoações mútuas entre este que vos digita e Millhouse, devido à ideologias políticas. Sobre como foi bacana finalmente poder conversar com as figuretas gente boa Mana Laura e Meleu, do blog irmão ehnosso — e, supostamente, convencê-los a escrever para a revista Tímpano. Também quero falar sobre a oportunidade que tive de conferir os desenhos do caro timpaneiro Max — que precisa, em caráter de emergência, ilustrar as matérias para a próxima edição da revista; o mundo perde com a ausência dos desenhos do malaco. Quero falar sobre boas companhias, de gente próxima que me deixa paranoicamente feliz quando por perto.
E não, não irei falar nada sobre o fato de que vi quatro pessoas brincando, em frente ao Sesc, de uma espécie de “aboleta”, aquele brincadeira infantil de espalmar mãos ao ritmo de uma bizarra coreografia; não revelarei os nomes, é melhor não insistir — até porque o quarteto vai acabar se entregando aqui mesmo ... he he he . Da mesma forma como não falarei nada sobre a meiguice de Ébano e Millhouse, no Terapia’s, dividindo os fones de ouvido do CD player do caro editor do Tímpano, fazendo aqueles comentários ininteligíveis que somente músicos conseguem entender — já experimentou ouvir conversa de músico ? E também não vou dizer que Mana Laura contou a história de que ligou para Meleu, dizendo ter sido vítima de um vudu on line, quando seu computador apagou de repente, assim que leu meu post intitulado “JB Exu”, que exclamava “ai fiu gudi” — atendendo à minha convocação “cante comigo”.
Impressões, como diria Ébano, bonitas, que ficaram ressoando enquanto a moçada seguia para o bar que ainda não se definiu e eu, após uma noite de dever quase cumprido, ia pra casa, dormir o sono dos justos. Enquanto me despedia, pensava que nem tudo pode estar tão errado. Engraçado como às vezes, a gente se apega a situações tão simples e que parecem corriqueiras para manter na memória ...